Como o número de mortes entre escravizados era maior do que o de nascimento, havia necessidade da entrada constante de escravizados no país. Além das péssimas condições de vida às quais eles estavam submetidos, a importação de homens era muito maior do que a de mulheres. Acontece que, depois de ter abolido o tráfico de escravos para suas colônias (1806-1807) e depois de ter abolido a escravidão nelas (1833), a Inglaterra passou a combater o tráfico negreiro em outras partes do mundo, até porque, sua produção, feita com mão de obra remunerada, não conseguiria competir, em preço, com a produção de países em que a mão de obra era escrava. As pressões inglesas sobre o Brasil, grande importador de escravizados, se fizeram sentir desde antes de nossa independência. No entanto, o governo brasileiro, controlado pelos ricos proprietários escravocratas, não queria levar a sério as pressões. Então, os ingleses tornaram-se cada vez mais ativos no ataque aos navios negreiros.
O Brasil, apesar de humilhado, não tinha condições de enfrentar a maior potência econômico-militar do mundo, e após anos em que as relações com a Inglaterra beiraram o conflito aberto, acabou por ceder.
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