Tanto os mangás (as histórias em quadrinhos japonesas) quanto os animês (os desenhos animados japoneses) são classificados inicialmente a partir do público-alvo e da faixa etária. Silvio Alexandre, especialista no tema, apresenta as principais subdivisões:
Shounen
Voltado para o público infanto-juvenil masculino, o enredo é cheio de ação e aventura, com lutas, magia e humor. Os personagens procuram se tornar pessoas melhores, corrigir um passado ruim ou proteger aqueles que amam. Alguns exemplos: “Dragon Ball”, “One Piece” e “Naruto”.
Shoujo
As histórias, direcionadas para o público adolescente feminino, apresentam os chamados “ritos de passagem” de uma mulher. São os dramas e as preocupações das meninas durante a adolescência, como o primeiro amor e o primeiro beijo. Entram aqui: “Sailor Moon”, “Sakura Cardcaptor” e “Candy Candy”.
Seinen
Temas sérios e humor para o público masculino adulto. Elas possuem cenas de violência ou nudez leve. Casos de: “Akira”, “Lobo Solitário” e “Ghost in the Shell”.
Josei
Apresenta realismo nas tramas e romances, com foco no cotidiano, com profundidade psicológica das personagens. É o preferido do público feminino adulto. A sexualidade é explorada de forma sóbria. Alguns exemplos: “Honey and Clover”, “Paradise Kiss” e “Usagi Drop”.
Além disso, existe também uma classificação a partir de gêneros, ou seja, de acordo com a temática ou a estética que apresentam. “Mecha” são histórias com robôs gigantes (geralmente bípedes), controlados por um piloto. “Yaoi” aborda relações românticas entre homens e “Yuri”, relações homoafetivas entre mulheres. “Como vários desses gêneros acabam se misturando dentro de uma mesma obra, alguns podem pensar que essa classificação é confusa e não tem sentido”, afirma Sílvio Alexandre. “Mas ela ajuda o mercado editorial a se posicionar na produção e nas vendas. Assim como auxiliam os estudos acadêmicos nas pesquisas e no entendimento do processo histórico”.
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