Viagem para a Copa da África do Sul. Pelé, Casagramde, Gighia e Marcelo Duarte no mesmo voo
Antes de falar sobre a chegada a Johanesburgo, acho melhor começar a viagem à África do Sul pelo voo 223 da South African, que saiu de São Paulo ontem com uma hora de atraso. O piloto comunicou que a demora foi motivada pelo embarque de um passageiro. E mais não disse. O tal passageiro, na verdade, era o rei Pelé, vestindo azul e sentado na primeira fila da classe executiva.

Quando o pessoal da classe econômica descobriu que Pelé estava no avião, logo depois do jantar, foi aquele alvoroço. Os comissários não conseguiram conter jornalistas e fãs. Uma das aeromoças chegou a ameaçar no alto-falante: se todos não voltassem a seus lugares, o avião retornaria a São Paulo. Ficou na ameça. Até porque as próprias comissárias resolveram pedir autógrafos ao rei nas camisetas da seleção sul-africana que elas vestiam.

O ex-centroavante e hoje comentarista Casagrande, que também estava na executiva, comentou com Pelé quando a poeira baixou: “Quem mandou você marcar 1.000 gols. Olha só: ninguém vem me pedir autógrafos!”
Vim na última parte da equipe da ESPN-Brasil que irá cobrir o Mundial. Agora somos 70 aqui. Na chegada, a fila de migração andou bem depressa e, logo depois de receber dois carimbos nopassando o carimbo, jovens com bandejas ofereciam latinhas de Coca-Cola de boas vindas. Por hoje só deu tempo de fazer a credencial e conhecer a redação da TV no centro de imprensa.

Ah, para quem acha que a vinda de Pelé no mesmo voo é um bom presságio, uma última informação. O uruguaio Gighia, que fez o gol que tirou o título do Brasil na Copa de 1950, também estava em nosso avião.