Passar por um detector de mentiras e depois carimbar impressões digitais em um livro policial. Ou ver guilhotinas, câmaras de gás e cadeiras elétricas. Se alguma dessas coisas despertou sua curiosidade, você está credenciado a visitar o National Museum of Crime and Punishment, em Washington, nos Estados Unidos. Inaugurado em 2008, ele também é chamado de “Crime Museum”.
No museu, o visitante pode realizar uma série de atividades, como planejar uma fuga da prisão (depois de ter visitado réplicas de celas). O acervo inclui o carro vermelho do ladrão de bancos John Dillinger na década de 1930, uma faca de Billy the Kid e um caderno de Jesse James.
Mas o museu americano não é o único do gênero. O Black Museum (Museu Negro) é o apelido que recebeu o Museu do Crime de Londres, que pertence à Scotland Yard e existe desde 1875. Além de membros da Família Real britânica, recebeu visitas ilustres, como a do escritor Sir Arthur Conan Doyle (criador de Sherlock Holmes) e do ilusionista Harry Houdini. Nas vitrines, há informações sobre casos antigos famosos. Um deles é o de Jack, o Estripador, serial killer que matou pelo menos cinco pessoas em 1888. As visitas são fechadas ao público geral.
Bem na entrada da Cidade Universitária, em São Paulo, o Museu da Polícia Civil é outro que só deve ser visitado por quem tem estômago forte. Conhecido até 2005 como Museu do Crime, ele reúne cerca de 3 mil itens sobre o tema. Recortes de jornal mostram a repercussão de crimes famosos, enquanto as mesas têm réplicas de cera do rosto de marginais como o Bandido da Luz Vermelha, Chico Picadinho e o Maníaco do Parque.
Uma raridade é a mala original usada no célebre Crime da Mala, de 1928: Maria Féa Fernandes, grávida de seis meses, foi asfixiada pelo marido, José Pistone, que era muito ciumento. Para esconder o corpo, Pistone esquartejou a esposa e a escondeu em uma mala que seria enviada para a França no porto de Santos. O mau cheiro da “encomenda” chamou a atenção dos tripulantes, que ligaram para polícia. Abaixo, a mala original e uma reconstituição do corpo da vítima.
Os visitantes também podem ver armas, móveis de outras cenas de crime, fotografias de acidentes de trânsito da década de 1920 e amostras expostas de drogas como cocaína, crack e maconha. As visitas devem ser agendas e os grupos devem ter, no mínimo, 1o pessoas – todas maiores de 16 anos. O telefone é o (11) 3039-3400.
Marcelo,
São Paulo é agraciada com dois museus do crime.
Esse da USP é legal, mas o mais importante e significativo é o Museu do Crime da Associação dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo.
Ele foi todo montado por uma única pessoa, o Delegado Dr. Milton Bednarski, que em sua carreira foi protagonista de exatas 600 prisões.
Entre as prisões de seu currículo estão o Bandido da Luz Vermelha, Meneghetti, Pistone (crime da mala), Crime do Poço, Chico Picadinho entre outros famosos.
Infelizmente, nem sempre é lembrado, talvez por não ter um marketing eficiente.
O Dr. Milton tem 83 anos e é ainda um advogado ativo e repleto de histórias. Se quiser conhecê-lo, me avise!
Prezado Marcelo,
Gostaria muito de conhecer o museu dos crimes,e, se possível,
o Dr. Milton. Pesquisei no Google e vi um artigo que diz que o museu fica numa galeria da R. José Paulino porem não dizia o número.Seria possível ter o endereço ? Muito obrigado.
Raphi Kutchukian
96588554
38850651
arkraphi@uol.com.br
O museu do crime de São Paulo, vale muito a pena visitar!!! E essa mala, quando a gente vê de perto dá uma sensação muito ruim…
aqui tem o endereço do museu do crime na casper Libero: http://www.aipesp.com.br/sede.asp
O Dr. Milton é realmente brilhante, e até hoje, com 83 anos, um poço de experiência e conhecimento. Além de ser uma pessoa agradabilíssima. Tive a sorte de conhecê-lo e tenho contato com ele quase que diariamente. A cada encontro, uma nova história! Adoro o Dr Milton! Parabéns a esse excelente profissional!