AVENIDA PAULISTA

1. Avenida Paulista
A área onde hoje está a Avenida Paulista, um dos principais centros financeiros da cidade, consistia em uma trilha de bois que cruzava uma mata. No século 19, o engenheiro uruguaio Joaquim Eugênio de Lima separou lotes de terra no local com a intenção de repassá-los a banqueiros, industriais e barões do café. Foi o próprio Eugênio de Lima quem planejou a Paulista, inaugurada em 1891. Os prédios residenciais começaram a tomar a região na década de 1950. Os edifícios comerciais vieram 20 anos depois. Atualmente, circulam todos os dias pelos 2,8 quilômetros de extensão da avenida mais de 1 milhão de pessoas.

2. Catedral da Sé
Construída entre 1913 e 1954, o templo gótico tem projeto do alemão Maximillian Hehl. Sua arquitetura mistura os estilos gótico, bizantino, medieval e renascentista, e sofreu uma grande restauração em 2002. Uma de suas principais atrações é a cripta subterrânea, onde estão os restos mortais do índio Tibiriçá e do regente Antônio Feijó.

3. Viaduto do Chá
O Viaduto do Chá tem esse nome porque foi ali que se fez uma das primeiras tentativas de se cultivar chá no Brasil, por volta de 1820. Antes da abertura do viaduto, transpor o rio Anhangabaú era uma aventura arriscada. Quem saísse da praça do Patriarca em direção à região do Teatro Municipal (que nem existia naquele tempo), tinha que descer até o fundo do vale, passando por uma plantação de chá, cruzar uma pinguela sobre o rio e subir um morro. Em 1892, uma empresa privada decidiu erguer a ponte e acabou importando toda a estrutura metálica da Alemanha. Como a obra custou caro, a construtora decidiu cobrar pedágio dos pedestres que passavam por ali (3 vinténs, moeda portuguesa usada na época). Mais tarde, por causa de protestos, a Prefeitura decidiu encampar o rio e liberar sua travessia.

4. Pátio do Colégio
O colégio erguido pelo Padre Manoel da Nóbrega deu início ao povoado que, séculos depois, se transformaria em uma das maiores cidades do mundo. A autorização para construí-lo foi obtida junto ao índio Tibiriçá, cuja simpatia havia sido conquistada e selada através do casamento de suas duas filhas com portugueses. A construção original já não existe mais, mas uma réplica marca o local. Apenas uma parede de taipa, a cripta e o torreão permaneceram intactos. No complexo, que em 1954 voltou às mãos dos jesuítas, funcionam hoje um museu, uma biblioteca e um café.

5. Teatro Municipal
O arquiteto Ramos de Azevedo assina o projeto do teatro, finalizado em 1911. Sua inauguração teve que ser adiada em um dia porque os cenários e figurinos da ópera Amleto, que marcaria o evento, não chegaram a tempo. Em 1922, o local sediou a Semana de Arte Moderna, que provocou uma verdadeira reviravolta no cenário cultural do país.

6. Estação da Luz
Trata-se de uma réplica da estação de Sydney, na Austrália, construída entre 1895 e 1901. Sua principal finalidade era escoar a produção de café para o Porto de Santos. O relógio que fica no alto de sua torre era referencial para acerto dos relógios da cidade. Com o aumento do movimento, foi necessária a construção de uma nova estação, a Júlio Prestes, em 1901, onde hoje funciona a Sala São Paulo de concertos.

7. Monumento às Bandeiras
Criado por Victor Brecheret, a escultura de granito demorou 17 anos para ser concluída. Possui 43 metros de comprimento, 8 metros de largura e 5 metros de altura. O povo brasileiro é representado pelo grupo de 35 índios, negros, portugueses e mamelucos que acompanham os dois bandeirantes.

8. Viaduto Santa Ifigênia
O Santa Ifigênia foi construído para melhorar o trânsito das carruagens que circulavam pela região na década de 10. A obra tem estrutura de metal belga e gradis em estilo art-noveau. Seus 225 metros de comprimento demoraram 2 anos para ficaram prontos.

9. Parque do Ibirapuera
O parque foi entregue à cidade nas comemorações de seus 400 anos. O local era um antigo acampamento indígena e contém 1,6 milhão de metros quadrados. Oscar Niemeyer e Burle Marx dividem a autoria do projeto arquitetônico. Seu nome, em tupi-guarani, quer dizer “pau podre”.

10. Mercado Municipal
O mercadão é outra obra de Ramos de Azevedo, inaugurada em 1933. Tem ao todo 12.600 metros com 289 boxes que vendem frutas, carnes, peixes, temperos, verduras e queijos. Entre os petiscos vendidos no local, fazem sucesso o pastel de bacalhau e o sanduíche de mortadela. Cerca de 450 unidades desse último são vendidos diariamente pelo Bar do Mané, um dos principais especialistas no prato.

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