Será lançado no Brasil ainda neste semestre o livro “Morte a Bono”, de Neil McCormick. O Bono em questão é mesmo o líder da banda U2. O título, no entanto, não passa de uma brincadeira. McCormick é amigo de infância de Paul David Hewson (que ficaria conhecido como Bono Vox). O renomado jornalista musical da publicação inglesa “Daily Telegraph” conta sua obsessão – e os sucessivos fracassos – em seguir a carreira de rock star. Sua maior frustração foi ver o colega chegar ao estrelato de forma tão natural. Mais curioso ainda é que Neil conseguiu convencer o irmão mais novo Ivan a largar a banda de Bono para formar, junto com ele, um conjunto de punk rock. O projeto não vingou, Neil virou jornalista, toca guitarra em bandas de baile e Bono Vox é um dos músicos mais famosos do mundo.

livro “Morte a Bono”, de Neil McCormick.Conheça a história de outros músicos que saíram de bandas famosas antes que elas estourassem:
Chad Channing (Nirvana)
Chad Channing (Nirvana)
Fã de rock sabe: quem tocava bateria na banda de Kurt Cobain era Dave Grohl, hoje líder dos Foo Fighters. Antes de o Nirvana estourar, no entanto, outro músico já havia batucado as canções de Kurt. Chad Channing atuou no disco de estreia da banda, “Bleach” (1989). Mas, devido a discórdias com Kurt Cobain, que não abria espaço para que Channing pudesse ajudar na composição das músicas, o baterista decidiu deixar a banda.
Pete Best (The Beatles)

Pete Best (The Beatles)Talvez o caso de Pete Best seja o mais emblemático. Em agosto de 1960, o garoto de 19 anos recebeu um telefonema do colega Paul McCartney, que estava em busca de um baterista fixo para a banda que acabara de formar. Pete Best tornou-se membro oficial dos Beatles em 12 de agosto daquele ano. O baterista tocou na banda durante pouco mais de dois anos, período em que o grupo realizou pequenas turnês pela Inglaterra e participou da primeira audição na gravadora EMI Music. Em 16 de agosto de 1962, Pete Best foi dispensado da banda, por motivos não divulgados. Os Beatles contrataram Ringo Starr para assumir as baquetas, e o resto é história.
Junior Moreno (RPM)
Junior Moreno tinha apenas 15 anos quando foi convidado por Paulo Ricardo e Luiz Schiavon para assumir a bateria do recém-formado RPM. O que, no entanto, acabou motivando sua saída do grupo foi justamente sua pouca idade. Não que o garoto não desse conta do recado. O problema foi que, com um menino de 15 anos ainda amarrado aos estudos, a banda ficava impedida de fazer excursões e de estender seus ensaios madrugadas adentro. Foi aí que o experiente Charles Gavin, que já havia tocado no Ira!, roubou as baquetas das mãos de Junior. Quando, quatro meses depois, Gavin foi convidado a integrar os Titãs, Paulo Pagni entrou na banda, consagrando-se o baterista oficial do RPM.