Na semana passada, os jornais americanos noticiaram a adesão da atriz Susan Sarandon à campanha “Women on 20s”. O grupo propõe estampar a figura de uma mulher na nota de 20 dólares, em substituição ao ex-presidente Andrew Jackson (1767-1845), que, ironicamente, era contra a criação de um Banco Central. “O ano 2020 marca o centenário da 19ª Emenda Constitucional, que garantiu o direito de voto às mulheres”, explica Barbara Howard, idealizadora da campanha. “Para comemorar esse marco, é apropriado elevar as mulheres a um lugar que hoje é reservado exclusivamente para homens que moldaram a história americana.” Para escolher a mulher representada na nota, o site elaborou uma lista com quinze americanas históricas – a escolha sairia pelo voto popular. Entre elas estão a ativista Rosa Parks, a enfermeira Clara Barton e a feminista Betty Friedan. Se nas cédulas americanas nunca houve uma figura feminina, em outros países do mundo as mulheres já foram representadas – e o Brasil está nessa lista.

Feministas americanas querem substituir Andrew Jackson por uma mulher até 2020
Atualmente, todas as seis notas brasileiras possuem uma mulher. A efígie simbólica, originada durante a Revolução Francesa como representante da República, foi batizada de Marianne. Seu rosto é o mesmo da Estátua da Liberdade, um dos principais pontos turísticos norte-americanos. Mas essa não vale! Na história da moeda brasileira, três mulheres foram representadas na cédula. A primeira foi a Princesa Isabel, em 1967, numa cédula de 50 cruzeiros, que circulou por cinco anos. Ela voltou a figurar na moeda depois de nove anos, de 1981 a 1987, quando estampou a nota de 200 cruzeiros. Entre 1989 e 1992, a poetisa Cecília Meireles foi homenageada nas notas de 100 cruzados novos. A última cédula brasileira que recebeu uma mulher foi a de 50 mil cruzeiros reais, conhecida como “A Baiana”, que circulou entre março e setembro de 1994, a última nota antes da criação do Real. “A nota precisa trazer figuras importantes de uma nação”, afirma Claudio Amato, ex-presidente da Sociedade Numismática Brasileira. “A história brasileira foi majoritariamente construída por homens, por isso a ausência de mais mulheres nas cédulas”.

Princesa Isabel na nota de 50 cruzeiros, que circulou de 1967 a 1972

Nos 200 cruzeiros, a efígie da Princesa Isabel foi usada entre 1981 e 1987

Cédula de 100 cruzados novos com a poetisa Cecília Meireles

“A Baiana”, de 50 mil cruzeiros reais, teve vida curta: última nota lançada antes do Real
Numa pequena viagem pelo dinheiro do mundo, vamos encontrar vários países que contam com mulheres no dinheiro. A começar de muito tempo atrás. Em 2007, estudiosos ingleses descobriram a suposta primeira moeda representada por uma mulher. Datada de 32 a.C., a moeda de prata tinha o rosto da rainha egípcia Cleópatra cunhado.

A moeda de Cleópatra, datada de 32 a.C.
Na Síria, uma das notas retrata a Rainha Zenobia, conhecida por lutar contra o exército romano, no ano de 200. No México, o casal Frida Kahlo e Diego Rivera divide a nota de 500 pesos. Ele aparece na frente (anverso) e ela estampa as costas (reverso) da cédula. Já na Argentina, Evita Perón está representada na nota de 100 pesos. No anos 1990, duas mulheres importantes foram homenageadas por seus países: a cientista Marie Curie na cédula de 20 mil zloty poloneses e Golda Meir, única mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra em Israel até hoje, na nota de 10 shequel. Vem mais por aí. A Inglaterra substituirá o primeiro-ministro Winston Churchill pela escritora Jane Austen na cédula de 10 pounds a partir de 2016.

Rainha Zenobia retratada na nota de 500 qirsh sírios

Frida Kahlo no reverso da cédula de 500 pesos mexicanos

Eva Perón nos 100 pesos argentinos

Sai Churchill e entra a escritora Jane Austen na nota de 10 pounds ingleses em 2016

A cientista Marie Curie na nota que circulou na Polônia entre 1989 e 1995

De 1985 a 1999, Golda Meir figurou na nota de 10 shequel israelenses
Nessa discussão toda, veja que curioso: a pessoa mais retratada em notas monetárias é uma mulher: a Rainha Elizabeth II. De Fiji a Trinidad e Tobago, 33 países já estamparam a imagem da rainha em seu dinheiro. Atualmente, ela está apenas nas cédulas da Austrália, Canadá, Escócia, Inglaterra, Jersey (ilha localizada no Canal da Mancha) e Nova Zelândia. A primeira aparição foi em 1935, na nota de 20 dólares canadenses, quando ainda era princesa e tinha 8 anos. A última homenagem à rainha foi na mesma nota em que ela apareceu pela primeira vez. Em 2012, os 20 dólares canadenses receberam novamente seu rosto.

Princesa Elizabeth aos 8 anos no dólar canadense…

… e já como Rainha Elizabeth II, aos 85 anos, na mesma nota
Atualização em 06/05/2016: Apenas 9% de todas as notas em circulação em 180 países pesquisados são estampadas por mulheres. As efígies femininas estão presentes nos meios circulantes de 48 países, sendo que 19 deles reproduzem a rainha Elizabeth. Na América Latina, alguns bons exemplos estão na Argentina (Evita Péron), no Chile (Gabriele Mistral) e no México (Frida Kahlo).
Leia também: Dinheiro lançado para mulheres na Alemanha chama a atenção para desigualdade salarial
Quando entrou o Real, qual a figura feminina que consta nas cédulas, até hoje? e qual o motivo do uso?
Quando entrou o Real, qual a figura feminina que consta nas cédulas, até hoje? e qual o motivo do uso?
A mulher representa a força, a coragem, a mulher que dar a luz do nascimento de uma criança, acho muito justo ela está representando a cédula com uma foto, que e lembrada como uma heroína eterna, só que a mulher continua não sendo respeitada em muitos países atrasados, massacra a liberdade da mulher. A mulher deveria ser sempre homenageada.
A mulher representa a força, a coragem, a mulher que dar a luz do nascimento de uma criança, acho muito justo ela está representando a cédula com uma foto, que e lembrada como uma heroína eterna, só que a mulher continua não sendo respeitada em muitos países atrasados, massacra a liberdade da mulher. A mulher deveria ser sempre homenageada.
Infelizmente a presidente do brasil não tem condições psicológicas de pensar em inserir na moeda brasileira a figura de uma mulher, mas, caso fosse preciso escolher eu particularmente escolheria uma das mais famosas, tanto pela profissão, quanto pela sua historia de vida “Ana Neri”.
Infelizmente a presidente do brasil não tem condições psicológicas de pensar em inserir na moeda brasileira a figura de uma mulher, mas, caso fosse preciso escolher eu particularmente escolheria uma das mais famosas, tanto pela profissão, quanto pela sua historia de vida “Ana Neri”.