O Brasil foi o único país da América do Sul que teve monarquia. No final de 1807, o general francês Napoleão Bonaparte ameaçava invadir Portugal. Foi aí que a família real, chefiada por d. João VI, resolveu partir para o Brasil, uma de suas colônias.

Eles vieram sob a proteção de navios ingleses. A nobreza portuguesa fugiu em massa. Foram 15 mil pessoas da mais alta linhagem, e trouxeram boa parte do tesouro português: 80 milhões de cruzados, que correspondiam à metade de todo o dinheiro circulante no Reino. D. João VI fugiu à noite — dizem que vestido de mulher.

A família aportou no início de 1808 na Bahia e, em 8 de março, chegava ao Rio de Janeiro, para a curiosidade da pequena corte local. Na época, a cidade tinha pouco mais de 60 mil pessoas. A comitiva de d. João VI ocupou vários prédios particulares, sem efetuar qualquer tipo de pagamento. Mandavam colocar na porta apenas a inscrição PR, que significava Príncipe Regente. O povo, irritado com essa apropriação, preferiu traduzir a sigla como Prédio Roubado.

O bisneto do Imperador D. Pedro II, Pedro Gastão de Orleans e Bragança, nasceu no dia 19 de fevereiro de 1913, na França. Sua primeira visita ao Brasil aconteceu aos 7 anos, em 1920, quando o presidente Epitácio Pessoa revogou a lei que impedia os membros da Família Real de voltar ao Brasil.