1. No começo de 1554, os padres Manoel da Nóbrega, José Anchieta e outros membros do grupo religioso Companhia de Jesus começaram a subir a serra em direção aos Campos de Piratininga. O planalto era habitado por uma tribo de índios tupiniquins liderados pelo cacique Tibiriçá. Chamava-se Piratininga, porque tinha abundância de peixes. No período de cheia do rio Tamanduateí e Tietê, os animais costumavam ficar presos em lagoas rasas. Os que não eram apanhados, secavam ao Sol. Daí o nome da região, que em tupi quer dizer “peixe seco”. FUNDAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO
  2. Os religiosos chegaram a Piratininga em 24 de janeiro de 1554. No dia seguinte, o padre Manuel de Paiva celebrou uma missa nas proximidades de uma cabana de pau-a-pique que mais tarde funcionaria como escola de catequese, enfermaria e residência dos jesuítas. A data da celebração ficou registrada como a da fundação da capital paulista.
  3. Pouco tempo depois, Manoel da Nóbrega pediu autorização a Tibiriçá para erguer um colégio no local. Não teve problemas para obtê-la, uma vez que a amizade entre brancos e índios já havia sido selada com o casamento das duas filhas do cacique com portugueses. O complexo, ao redor do qual começou a se formar um povoado, recebeu o nome de São Paulo, já que no dia 25 de janeiro a igreja Católica comemora a conversão do apóstolo Paulo. Hoje, o Páteo do Colégio marca o local exato da antiga escola. PÁTEO DO COLÉGIO
  4. O brasão da cidade de São Paulo foi idealizado por José Wasth Rodrigues e Guilherme de Almeida em 1917. A imagem contém um braço empunhando uma bandeira com a cruz de malta (símbolo da Ordem de Cristo) e um escudo português. Sobre ele, há uma coroa, também uma alusão ao governo lusitano. As laterais são adornadas por ramos de café. A divisa Non ducor duco quer dizer “Não sou conduzido, conduzo”, e valoriza a independência das ações desenvolvidas pela cidade e seu papel de liderança no Estado e no país. Já a bandeira surgiu graças à Feira Internacional da Indústria Têxtil (Fenit). No primeiro ano de sua organização (1958), decidiu-se hastear no local do evento as bandeiras nacional, estadual e municipal. Como São Paulo (SP) não tinha uma, improvisou-se, colocando o brasão sobre um retângulo branco. Havia intenções de adotar o modelo permanentemente, mas os especialistas em vexilologia (estudo das bandeiras) alertaram para o fato de as características do símbolo serem próprias das aldeias.
  5. Foi o prefeito Jânio Quadros quem retomou a ideia de fazer uma bandeira paulistana e instituiu uma comissão executiva para tocar o projeto. O escolhido foi proposto por Lauro Ribeiro Escobar e oficializado em 5 de março de 1987. Contém sob o fundo branco a Cruz da Ordem de Cristo e o brasão da cidade.
  6. Em 1966, o então prefeito da capital paulista Faria Lima lançou um concurso para eleger como seria o piso das calçadas da cidade. Mirthes dos Santos Pinto, que trabalhava como desenhista da Secretaria de Obras da Prefeitura, esboçou um desenho sem muita pretensão. O projeto era uma geometrização do mapa do estado de São Paulo.
  7. O Rio Tietê é o mais extenso do estado, com 1.032 quilômetros. Nasce na Serra do Mar, perto de Mogi das Cruzes. Depois de atravessar a cidade de São Paulo, corta o estado e deságua no rio Paraná. Era chamado pelos índios de Anhembi.
  8. O Pico do Jaraguá é o ponto mais alto da cidade de São Paulo (1.135 metros acima do nível do mar). Documentos antigos dizem que o Pico foi o primeiro lugar onde se encontrou ouro no Brasil.
  9. A noite mais fria na cidade ocorreu em 2 de agosto de 1955. Os termômetros marcaram 2,1 graus negativos.
  10. O primeiro e maior planetário brasileiro é o do Parque do Ibirapuera. Foi inaugurado em 26 de janeiro de 1957.
  11. O hino oficial do município foi composto por Mário Zan e J.M. Alves para a comemoração de seus 400 anos. Não conhece a letra? Leia abaixo:

“São Paulo, terra amada
Cidade imensa, de grandezas mil! 
És tu, terra adorada, 
Progresso e glória do meu Brasil

Ó terra, bandeirante
De quem se orgulha a nossa nação! 
Deste Brasil gigante
Tu és a alma e o coração! 

Salve o grito do Ipiranga
Que a história consagrou! 
Foi em ti, ó meu São Paulo, 
Que o Brasil se libertou! 

O teu Quarto Centenário
Festejamos com amor
Teu trabalho mostra  
Ao mundo inteiro, teu valor! 

Ó linda terra de Anchieta, 
Do bandeirante destemido
Um mundo de arte e beleza
Em ti tem sido construído! 

Tens tuas tardes adornadas
Pela garoa em denso véu! 
Sobre os teus edifícios
Que até parecem chegar ao céu!”