O restaurante Carnivore, a 30 minutos de Johanesburgo, já virou uma atração turística. Visitantes de todas as nacionalidades vão até ali atraídos pelas carnes de caça oferecidas no cardápio. As carnes mudam a cada semana. O único dos “Big Five” servido ali é o búfalo, reservado para ocasiões ou clientes especiais. Elefante, leão, rinoceronte e leopardo não entram no espeto.

A casa funciona no sistema de rodízio. Pelo equivalente a 50 reais, o Carnivore serve pão com manteiga, sopa, saladas e acompanhamentos. As carnes são preparadas numa grelha no próprio salão. A primeira rodada é servida numa sequencia: começa com fígado de galinha, asinhas, carne de porco, de vaca. Aí, finalmente, vem o mais aguardado. Primeiro linguiças e almôndegas de kudu (melhor do que explicar é você conferir a foto aqui).

Quando o cliente pede por uma carne de caça que não está no cardápio do dia, o gerente, Toni Loureiro, coloca a culpa no crocodilo. “Não temos, pois os crocodilos o comeram primeiro”, brinca. Nesse dia, porém, o crocodilo é que foi servido.

Depois de experimentar a impala, o garçom ofereceu a carne de girafa. Não, não é o pescoço, apesar de parecer. Eles servem o traseiro e a coxa do bicho. A carne de girafa é bastante dura. Os animais são criados em uma fazenda dos donos, que tem 35 mil animais. Eles são caçados 8 meses por ano, de acordo com as necessidades da casa. Para a Copa do Mundo, a Carnivore estocou 9 toneladas de carnes.

Por fim, a carne que eu achei mais saborosa de todas: a zebra. Com um molho de cereja, então, ela fica mais gostosa. Terminada a rodada, você pode repetir todas que quiser. Deu zebra outra vez!