A história do humor e da comédia na TV brasileira foi (e continua sendo) contada por muita gente talentosa. Magalhães Júnior escolheu quatro monstros sagrados do humorismo para homenagear esse gênero tão importante: José Vasconcelos, Jô Soares, Ronald Golias e Chico Anysio.

José Vasconcelos foi o primeiro humorista a fazer um show de stand-up no Brasil (“Eu Sou o Espetáculo”, que lotava os 1.300 lugares do Teatro Paramount até duas sessões na mesma noite). Ele era um mestre em jogo de palavras.

Autor, ator e diretor, Jô Soares foi um mestre em criar bordões, que foram incorporados no vocabulário dos brasileiros, escritos em parceria com o roteirista Max Nunes: “Muy amigo!”, “Tem pai que é cego” e “Me Tira o Tubo”.

Ronald Golias interpretou textos escritos por Magalhães Júnior por 15 anos. Quando começou na TV, ele já fazia sucesso no rádio, formando uma dupla afinada com Carlos Alberto de Nóbrega. Golias não escrevia seus textos nem criava personagens. Mas sabia dar vida a eles como poucos. Fez Bronco, Pacífico (Ô Cride), O Profeta, Isolda, Bartolomeu Guimarães.

Chico Anysio tinha uma capacidade incrível de criar personagens: ultrapassou a marca de 200. Magalhães Júnior escolheu três para representar esse universo tão rico: Pantaleão, Alberto Roberto e o Professor Raimundo (este, aliás, um dos poucos que não foi criado por ele, mas por Haroldo Barbosa, para a Rádio Mayrink Veiga, em 1952).