O índio pataxó Galdino Jesus dos Santos resolveu dormir numa parada de ônibus da avenida W/3 Sul, em Brasília. Ele foi da Bahia para a capital participar das festividades do Dia do Índio e defender a demarcação da reserva pataxó. Voltou tarde para a pensão em que estava hospedado e não conseguiu entrar.
Por volta das 5 horas da madrugada de 20 de abril de 1997, cinco adolescentes da classe média alta de Brasília jogaram álcool e atearam fogo no índio. Algumas pessoas tentaram socorrer Galdino, que foi levado para um hospital. Uma testemunha anotou a placa do Monza preto usado pelos rapazes. “Queríamos assustar um mendigo, não sabíamos que era um índio”, disse Antônio Novély Cardoso Villanova, um dos assassinos. Queimado da cabeça aos pés, o índio morreu 22 horas depois.