Somos Todos Irmãos
TV Record –1965
Ficou somente dois meses no ar. Contava a história de dois casais que tiveram seus bebês trocados no dia do nascimento. A trama de Benedito Ruy Barbosa era adaptada do romance “A Vingança do Judeu”, de J.W. Rochester. A audiência estava abaixo da crítica. Sua exibição foi interrompida por causa do horário eleitoral obrigatório. A emissora aproveitou a deixa para suspender a produção de novelas e Somos Todos Irmãos nunca mais voltou à grade.
Anastácia, a Mulher sem Destino
Rede Globo –1967
A novela foi inicialmente escrita pelo ator Emiliano Queiróz, que se consagraria anos mais tarde com o personagem Dirceu Borboleta na novela “O Bem Amado”. Anastácia foi a primeira e única experiência de Queiróz como autor. Apesar de contar com a supervisão da experiente Glória Magadan, o autor começou a se perder com os seus 100 personagens. A audiência foi caindo a cada dia. Por volta do capítulo 40, a recém contratada Janete Clair foi convocada por Glória Magadan para salvar a história. Com larga experiência em radionovelas, Janete sabia que era preciso recomeçar do zero. O que ela fez? Criou um terremoto na cidade, que matou a maioria dos personagens. Dos cem, só restaram quatro. Ela conseguiu matar até o único personagem que sabia o segredo que Emiliano Queiróz tinha proposto no início da novela. A história recomeçou com uma passagem de tempo de 20 anos. Formou-se um novo elenco e uma nova história que foi ao ar até o fim. A novela não foi um estouro de audiência, mas Janete Clair deu um destino coerente à protagonista e garantiu sua permanência na Globo. Depois de Anastácia, ela escreveu sete novelas em seguida.
O Conde Zebra
TV Tupi – 1973
O protagonista da novela era o ator e comediante Otello Zeloni. Ele fazia o papel de Vitório Testada, um feirante que fica rico ao ganhar na Loteria Esportiva. Pouco depois da estreia, em 8 de novembro, Zeloni descobriu que estava com um tumor cerebral. Como o seu estado de saúde foi piorando a cada dia, a Tupi optou por não substituir o ator, preferindo tirar a novela de Sérgio Jockyman do ar. Ela ficou apenas um mês e meio no ar. O último capítulo foi ao ar em 28 de dezembro. Um dia depois de O Conde Zebra sair do ar, o ator Otello Zeloni faleceu.
Como Salvar o Meu Casamento
TV Tupi – 1979/1980
A novela saiu do ar faltando 20 capítulos para terminar. Dorinha (Nicette Bruno) e Pedro (Adriano Reys) estavam casados há 23 anos. A paz do casal termina quando Pedro se apaixona por Branca (Elaine Cristina) e Dorinha luta para salvar o casamento. A Tupi estava à beira da falência, cheia de problemas administrativos e financeiros. No dia seguinte à apresentação do capítulo 140, em fevereiro de 1980, a emissora anunciou que o capítulo da noite anterior seria reprisado. Nos outros dias, Como Salvar o Meu Casamento deixou de ser exibida também. Pouco tempo depois, a TV Tupi teve sua concessão cassada, encerrando as atividades. A novela ficou sem um final.
Brida
TV Manchete – 1998
A Manchete fez um acordo com os patrocinadores: eles só pagariam se a audiência da novela baseada em best-seller de Paulo Coelho passasse de 5 pontos de audiência. A Manchete tinha uma previsão de 10 pontos, mas audiência não chegava nem a dois. Sem o dinheiro dos patrocinadores, a Manchete começou a ficar no prejuízo. Além disso, os funcionários fizeram greve por falta de pagamento. A solução foi tirar Brida do ar dois meses depois da estreia. Só que o público não ficou na mão. No horário destinado ao capítulo 55 (dos 180 previstos), a emissora escalou Eloy de Carlo, locutor oficial da emissora, para contar como seria o final de história.
Quais foram as novelas mais curtas da TV Brasileira?
“Helena” e “O noviço”, dirigidas por Herval Rossano em 1975, foram as novelas brasileiras mais curtas, com apenas vinte capítulos cada uma. Os folhetins faziam parte de um teste que a Globo realizou para estrear novelas no horário das seis da tarde.