Desde pelo menos os anos 1700, na Europa, as casas são numeradas para distinguir um imóvel do outro. Essa numeração não é aleatória. Tem como base a distância de um ponto de referência até aquele imóvel. Aqui, em São Paulo, o critério é a distância, medida em metros, entre a Praça da Sé, considerada o Marco Zero da cidade, e o imóvel. Funcionários da Prefeitura utilizam o medidor topográfico, que é basicamente uma trena com rodinhas – hoje, na época digital, essa medição é muito mais simples, rápida e certeira. Para o lado esquerdo vão sendo atribuídos os números ímpares e do lado direito, os números pares.
Onde pode haver algum problema são nas vias que cresceram. Um exemplo é a Avenida Faria Lima, que no fim dos anos 1990 sofreu uma nova ampliação. Só que, em vez de estender para frente, em que passaria do número 2.000 para 2.006, ela cresceu “para trás”. Isso obrigou uma renumeração, com placas que indicam o número antigo e o novo.
Resposta do Dr. Jaques Bushatsky, especialista em Direito Imobiliário.