Quatro anos atrás, a Ferrero Rocher começou a personalizar as embalagens de Nutella em alguns países, a exemplo do que a Coca-Cola faria algum tempo depois. A iniciativa de colocar os nomes de pessoas nos frascos fez sucesso, apesar de algumas polêmicas. Uma delas: no final de 2015, uma garota australiana chamada Isis não conseguiu comprar a sua embalagem personalizada porque a empresa se recusou a estampar o acrônimo que serve também como sigla do Estado Islâmico do Iraque e da Síria em inglês (Islamic State of Iraq and Syria).
Polêmicas à parte, a iniciativa fez sucesso e motivou a Ferrero, que fabrica o creme de avelã mais famoso do mundo, a criar um frasco ainda mais personalizado. A empresa se uniu à agência de comunicação Oglivy & Mather para criar a linha Nutella Unica: foram 7 milhões de frascos diferentes, utilizando um algoritmo que produz milhões de combinações de cores.
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Pietro e Giovanni Ferrero eram confeiteiros conceituados na região italiana de Alba. Durante a Segunda Guerra, houve falta de cacau e o chocolate se tornou um produto de luxo. Para resolver esse problema, os Ferrero começaram a fazer várias experiências. Em uma delas, misturaram bastante avelã, abundante na região de Piemonte, com cacau torrado, leite, açúcar e óleo vegetal. Criaram uma pasta barata e com alto teor nutricional, que tinha um sabor bem parecido com o do chocolate. A mistura foi criada em 1946 e as crianças podiam ir às lojas com um pedaço de pão e pedir apenas uma colherada do doce. Só que, com o calor, o creme de avelã derretia facilmente e o produto passou a ser vendido em potes. Em 1949, ganhou o nome de “Supercrema” – e logo depois de “Supercrema Gianduia” (nome de um personagem do Carnaval italiano). No ano de 1964, a receita passou a se chamar Nutella (derivada da palavra inglesa “nut”, que significa “noz”), por sugestão de um dos filhos de um dos fundadores da empresa.
A linha Nutella Unica foi lançada em fevereiro inicialmente na Itália. Para surpresa da própria companhia, os italianos esgotaram todas as 7 milhões de unidades em menos de um mês. A Ferrero já estuda o lançamento do projeto em outras partes do mundo. O próximo deverá ser a França.