Todd Selby é um fotógrafo, escritor e designer norte-americano que já virou celebridade por lá. Em seu trabalho, ele costuma retratar Nova York (principalmente os bairros do Brooklyn e de Silver Lake), sempre de forma inovadora e criativa.
Selby começou a ser reconhecido pelo público em 2008, depois que criou um blog, onde costumava postar fotos de ambientes fashion de sua casa ou das casas de amigos. O sucesso foi imediato: em meses, o site já era acessado por mais de 100 mil visitantes diários. Em dois anos, já tinha ganhado as prateleiras das livrarias.
Em seu novo livro, lançado nos Estados Unidos em outubro do ano passado, Todd Selby resolveu ousar mais. Para escrever Edible Selby (em tradução literal, “Selby comestível”), ele abriu os horizontes e saiu de Nova York, dando uma volta ao mundo atrás de chefs de cozinha curiosos.
O resultado é uma compilação de artigos, fotografias e resenhas sobre 45 restaurantes diferentes – cada um localizado em uma cidade do mundo. O design do livro, cheio de cores, textos escritos em letra de mão e ilustrações feitas pelo próprio autor, deixa a leitura das quase trezentas páginas leve e descontraída.
Exemplos de chefs curiosos não faltam no livro. O chinês Danny Bowien não deixou que a falta de recursos o impedisse de abrir seu restaurante. Para driblar o contratempo, ele acabou montando o negócio dentro de outro restaurante. A chef californiana radicada na Noruega Claire Ptak tem uma lojinha de cupcakes de violetas cristalizadas. Eric Werner, que ilustra a capa do livro, é o dono de um restaurante a céu aberto na cidade de Tulum, no México.
Não podia faltar no livro de Selby um representante da capital gastronômica da América Latina. O fotógrafo passou em São Paulo para entrevistar o chef-celebridade Alex Atala e fotografá-lo em seu restaurante D.O.M.
O brasileiro é tema do 2º capítulo do livro.
A obra ainda traz em suas páginas algumas receitas bem criativas (cada chef concordou em revelar um de seus segredos). Entre elas, estão as do “misoshiru de montanhista”, “marmelada de uva” e “cerveja de gengibre”. Ele admite que não testou nenhuma delas antes de publicar o livro.