A SEGUNDA INTIFADA

A nova Intifada começou em 28 de setembro de 2000, quando Ariel Sharon, líder do partido direitista Likud, resolveu visitar a Esplanada das Mesquitas acompanhado de escolta armada. Haram al Sharif, chamado de Monte do Templo pelos judeus, fica em Jerusalém Oriental e, além de ser o local mais sagrado para os muçulmanos, é disputado entre os israelenses e palestinos. Conheça alguns dos fatos mais marcantes da segunda Intifada.

2001

Em 1º de junho, um terrorista suicida palestino matou 21 pessoas na porta de uma danceteria em Tel-Aviv.

Uma bomba explodiu dentro de uma pizzaria em Jerusalém em 9 de agosto, matando 16 pessoas, entre elas 7 crianças. O atentado deixou pelo menos 200 feridos.

A Frente Popular para a Libertação da Palestina assassinou o ministro israelense do Turismo, integrante da extrema-direita, em 17 de outubro. Foi uma represália à execução do líder do grupo, ocorrida algumas semanas antes.

2002

Nove pessoas morreram atingidas pela bomba do terrorista Mohammed Daraghmeh. Ele tinha 18 anos e pertencia ao grupo Brigadas dos Mártires de Al Aqsa. O atentado ocorreu em 3 de março, numa região onde se concentram judeus ortodoxos.

Rafat Abu Dyak, do grupo Jihad Islâmica, atingiu um ônibus israelense no norte do país no dia 20 de março. O atentado deixou 6 mortos. O terrorista tinha 20 anos.

No dia 27 de março, um atentado suicida cometido por Abdel Baset Odeh, de 25 anos, matou 22 pessoas num hotel de Netania. O grupo estava reunido para o jantar de Pessach, a Páscoa judaica. O terrorista era integrante do grupo Hamas.

Em 29 de março, Ayat Akhras, uma mulher bomba do grupo Brigada dos Mártires de Al Aqsa, matou duas pessoas num supermercado no centro de Jerusalém.

Também em 29 de março, o primeiro-ministro israelense Ariel Sharon declarou que Yasser Arafat era um inimigo que deveria ser isolado. O exército israelense invadiu e ocupou o Quartel General do ministro palestino da Segurança Interna e enviou tanques a Beit Jalla e Qalqilia.

No dia 30 de março, um ataque terrorista feriu 29 pessoas em um café na cidade de Tel-Aviv.

O exército de Israel prendeu cerca de 150 palestinos em Ramallah. Apesar de a Organização das Nações Unidas ter pedido a retirada das tropas israelenses, a reocupação militar na Cisjordânia continuou.

Em 31 de março, 14 pessoas morreram quando o suicida Shadi Tubasi, de 22 anos, explodiu uma bomba num restaurante na cidade portuária de Haifa. O jovem pertencia ao Hamas.

Sharon determinou Ramallah como zona militar. Tanques de guerra cercaram Belém.

No dia 1º de abril, tropas israelenses invadiram quatro cidades controladas por palestinos e prenderam cerca de 700 pessoas. As cidades invadidas foram: Qalqilia, Tulkarem, Al Khader e Beit Jala.

Os disparos das tropas israelenses em Rafah, na fronteira com o Egito, mataram um garoto palestino de 11 anos.

Homens armados mataram 14 palestinos suspeitos de colaborar com Israel. Foram 7 mortos em Tulkarem, 2 em Qalqilia e 5 em Belém.