Quando a escritora Mary Shelley publicou a história em 1818, Frankenstein era descrito com longos cabelos escuros, dentes muito brancos, 2,5 metros de altura e a pele amarelada. Em suas primeiras adaptações, a criatura sem nome – criada pelo doutor Victor Frankenstein – aparecia em várias cores. Na adaptação teatral de Richard Peake, de 1823, ele ganhou até uma pele azul clara. No primeiro filme, uma adaptação dos Estúdios de Thomas Edison, de 1910, Frankenstein tem uma aparência descuidada, mas sem alterações no tom de pele. Foi somente na adaptação da Universal Pictures, em 1931, que o ator Boris Karloff consagrou o monstro que conhecemos. Com o formato retangular e os parafusos no pescoço.
Sobre a cor verde, ela foi adotada por motivos práticos. Nos filmes em preto e branco, o verde fica com uma tonalidade pálida, quase cadavérica. Isso dava ao monstro um ar assustador e o tornava diferente dos demais atores.
Essa aparência criada pelo maquiador Jack Pierce, porém, é propriedade da Universal. Por isso, vemos outras versões do monstro de formas diferentes. A aparência mais próxima da fonte original foi a de Robert De Niro no filme “Frankenstein de Mary Shelley“, de 1994.
Outro monstrão que também teve sua cor verde definida por decisões gráficas foi o Incrível Hulk. No início, Jack Kirby e Stan Lee definiram que o Hulk teria a cor cinza para deixá-lo assustador e misterioso. E assim ele apareceu na edição número 1 de sua revista, em 1962.
Mas a gráfica não conseguia manter o cinza igual em todas as páginas. Por isso, os criadores decidiram usar a cor verde, que não dava problema e tinha mais destaque. A cor verde agradou tanto que vários vilões do Homem-Aranha, que vieram depois, também ganharam essa mesma cor, como Abutre, Dr. Octopus, Lagarto, Electro, Duende Verde, Escorpião.
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