1. Água de coco
A água de coco é rica em minerais, como sódio e potássio. Deve ser tomada logo depois que a fruta for aberta. No Brasil, consomem-se anualmente 90 milhões de cocos. A carne do coco faz bem para o estômago e para o intestino devido à quantidade de fibras. Um coqueiro vive 60 anos e gera um cacho com cerca de 15 cocos todo mês. Os coqueiros têm, em média, 30 metros de altura. Apesar de o coco ser uma fruta calórica (100 g têm 590 calorias), 100 ml de água de coco têm apenas 18 calorias.
2. Absinto
O licor verde é amargo, destilado e possui um teor alcóolico altíssimo, na casa dos 70º. Em Paris, começou a ser vendido em 1795 e tornou-se o coqueluche da boemia europeia durante a Belle Époque, período entre o fim do século XIX e o início da Primeira Guerra Mundial. O absinto é produzido pela mistura de losna (Artemisia absinthium), anis (Pimpinella anisum, ou erva-doce), funcho (Foeniculum vulgare, uma erva aromática) e hissopo (Hyssopus officinalis, erva aromática). A losna é uma planta comumente utilizada em chás digestivos, mas cujo princípio ativo torna-se tóxico, caso seja consumido em excesso. O efeito era potencializado pela altíssima quantidade de álcool presente na bebida. A festa acabou para os consumidores do absinto em 1915, quando a França proibiu a bebida, alegando que o licor provocava alucinações e danos no sistema nervoso. O exemplo foi seguido por outros países, incluindo o Brasil. O absinto voltou a ser fabricado e comercializado por aqui em 2001, tornando-se a bebida de maior teor alcoólico do país (cerca de 54º). O Brasil foi o terceiro país a liberar a produção do absinto, depois de Portugal e da República Tcheca.
3. Saquê
De acordo com antigas lendas japonesas, o arroz utilizado para fazer a bebida era mastigado por mulheres virgens e cuspido em tinas feitas de madeira. As enzimas salivares das virgens convertiam o amido do arroz em açúcar, fermentando o produto. Achou nojento? Pode respirar aliviado: a partir do século VIII, a saliva foi substituída por leveduras na produção do saquê.
4. Chá
Conhecida como “chanoyu”, a cerimônia do chá japonesa surgiu na segunda metade do século XVI, inspirada pelo zen-budismo e pelo bushidô, o código que rege o modo de vida samurai. Considerada uma “experiência estética”, a cerimônia do chá é levada bastante a sério no Japão, exigindo para a sua execução correta uma série de cuidados. O ambiente deve ser tranquilo, austero e decorado de maneira simples e harmoniosa. Os participantes devem tentar reduzir ao máximo seus movimentos, numa postura reverente, contribuindo para manter um clima sereno durante a cerimônia. O tipo de chá utilizado chama-se “matcha”, uma espécie de chá verde em pó. O ritual foi eternizado por Sen do Rikyu, um mestre-do-chá japonês morto em 1591.
5. Cachaça
A cachaça começou a ser produzida na década de 1530, no litoral de São Paulo, logo depois do início do povoamento do Brasil, nos engenhos Madre de Deus, São João e dos Erasmos, do português Martin Afonso de Souza. Os portugueses decidiram aproveitar o mel de cana abundante por aqui para competir com o rum, bebida vinda da Jamaica que fez sucesso na Europa do século 16. No início, o aguardente era chamado “vinho de cana” ou “vinho de mel”. O nome “cachaça” se popularizou a partir do século 18, e vem do espanhol “cachaza”, que naquele período significava “bagaceira inferior”.
6. Café
Há muitas lendas a respeito do surgimento do café, mas talvez a mais significativa seja sobre um árabe do século IX chamado Kaldi. Conta-se que ele, ao notar a felicidade de seus bodes depois de comerem frutinhas vermelhas de um arbusto, pegou um punhado delas e começou a dizer maravilhas sobre o café para sua tribo. Durante os 400 anos seguintes, os grãos de café passaram a ser consumidos (eram mastigados) por causa de seu efeito estimulante. Os árabes, no século XIII, foram os primeiros a processar o fruto amadurecido e torrado e dele tirar a bebida como conhecemos hoje. Cerca de 100 anos depois, pés de café nativos ainda verdes começaram a ser cultivados no sul da Arábia. O café passou a ser cultivado no norte do Brasil em 1722 e foi se espalhando pelas demais regiões.
7. Caipirinha
A caipirinha nasceu no interior de São Paulo e espalhou-se pelo Brasil a partir de 1950. Acredita-se que o coquetel surgiu entre trabalhadores rurais do noroeste do estado de São Paulo, região tradicionalmente produtora de limão. Cidades como Matão, Taquaritinga, Monte Alto, Joboticabal e Pirangi, todas em São Paulo, reivindicam a “autoria” do drinque. A caipirinha foi registrada na lista dos drinques oficiais do mundo em 1995, no congresso da Internacional Bartenders Association (IBA), no Canadá. O barman Derivan Ferreira de Souza, responsável pelo registro, precisou brigar com um sueco que queria oficializar “caipirinha” como uma mistura de vodca e abacaxi. No dia 31 de outubro de 2008, o Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União o “modo ideal de preparo” da caipirinha. A receita é detalhada: a bebida deve conter uma graduação alcoólica entre 15 e 36% em volume, as condições dos ingredientes devem preservar “o sabor e o aroma dos elementos naturais contidos na matéria-prima utilizada”, com o limão rendendo 1% de suco com um mínimo de 5% de acidez enquanto que a quantidade de açúcar (nas formas de cristal, sacarose, invertido e glicose) deve ser limitada entre 10 e 150 gramas por litro. O uso de corantes também está proibido. As regras se aplicam a toda caipirinha comercializada ao redor do mundo.
8. Cerveja
Boicotada pelos portugueses, que viam na bebida um forte concorrente para o real vinho da metrópole, a cerveja só começou a aparecer no início do século XIX, no reinado de Dom João VI, por iniciativa dos ingleses que a importavam. Já no final do século, surgiam nossas duas primeiras cervejarias: em 1888, foi fundada a Brahma e, em 1891, a Antarctica, respectivamente a quinta e a sexta cervejarias do mundo. O país que mais bebe cerveja no mundo é a República Tcheca. Por lá, a média é de 158 litros da bebida por habitante. O Brasil aparece na 15ª posição, com 47 litros consumidos anualmente por pessoa.
9. Leite
O primeiro registro real do uso do leite de vaca como alimento data de 3100 a. C. Em Tell Ubaid, atual Iraque, foi encontrada uma peça onde estava registrado todo o processo de ordenha e filtragem do leite. Durante a vida produtiva, que dura cerca de 6 anos, uma vaca pode produzir cerca de 50 mil litros de leite. Isso equivale a 200 mil copos de 250 ml. Os maiores consumidores de leite do mundo são os romenos. Cada um deles bebe 168 litros da bebida por ano.
10. Vodca
Água, em russo, se diz “voca”. É só uma letra de diferença para o nome da bebida destilada mais típica do país. A vodca é preparada a partir da destilação da batata ou de grãos. Um dos motivos pelos quais a bebida se tornou muito popular na Rússia foi sua capacidade de permanecer líquida mesmo a temperaturas congelantes, como as do norte da Sibéria.