Por volta de 1770, o médico inglês Edward Jenner (1749-1823) ouviu uma ordenhadora dizer que não pegaria varíola porque já tivera varíola bovina. Foi aí que ele começou a estudar as doenças. Em 14 de maio de 1796, inoculou o vírus de varíola bovina em um garoto de oito anos chamado James Phipps. No dia 1o de julho, com o menino já curado, Jenner voltou a inoculá-lo, só que com o vírus da varíola humana. James não se contaminou, porque a primeira doença o tinha tornado imune. No início, sua descoberta foi rechaçada pelos outros médicos, mas cinco anos depois a vacinação era uma prática difundida por todo o mundo.
Antirrábica
Louis Pasteur (1822-1895) desenvolveu a vacina antirrábica, que previne contra a raiva, doença fatal que afeta principalmente os cachorros e pode ser transmitida ao homem pela mordida do animal infectado. Ele não era médico, e sim químico, mas foi responsável por uma descoberta muito importante para os médicos. Pasteur descobriu que, para evitar a contaminação por microrganismos, era preciso haver muita higiene nas salas de cirurgia e nos instrumentos usados. Pasteur percebeu que, acima de uma determinada temperatura, os micróbios morrem. Eles não surgem espontaneamente, como acreditava-se na época. Só que estão em todos os lugares.
BCG
A vacina contra tuberculose, a Bacilo Calmette-Guérin, foi aplicada pela primeira vez em humanos em julho de 1921 no Hospital de la Charité, em Paris. Ela é resultado de cerca de dez anos de estudos do veterinário Camille Guérin (1872-1961) e do médico-biólogo Alert León Calmette (1863-1933).
Contra a Febre Amarela
Foi o microbiólogo americano de origem sul-africana, Max Theiler (1899-1972), quem desenvolveu a vacina contra a febre amarela. Em 1937, essa vacina já era segura e eficiente. Theiler recebeu por essa descoberta o Prêmio Nobel de Medicina em 1951.
Contra a Paralisia Infantil
O responsável pela descoberta da “gotinha que salva” foi o pediatra Albert Bruce Sabin (1906-1993). Antes dele, a vacina Salk era comprovadamente eficiente contra a poliomielite. A vacina Salk, no entanto, era feita de vírus mortos que teriam de ser injetados e cuja capacidade de estimular a produção de anticorpos poderia não ser muito duradoura. Sabin acreditou que seria possível tipos de pólio que fossem débeis demais para produzir a doença, mesmo quando continuassem vivos, mas que poderiam ativar a formação de anticorpos durante o tempo em que permanecessem no corpo. Essas espécies vivas poderiam ser tomadas por via oral. Depois de experiências feitas com animais, Sabin experimentou a vacina em si mesmo e depois em presos voluntários. Em 1957, a vacina Sabin passou a ser usada na União Soviética e na Europa Oriental. Em seguida, espalhou-se pelo mundo.
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