Os astecas já conheciam as favas de cacau séculos antes da chegada dos espanhóis na América. Faziam com elas o tchocolatl (água amarga), uma bebida escura, amarga e fria, feita com as sementes do cacaueiro. Era preparada com pimenta e especiarias. E antes de servir, os astecas derramavam a bebida do alto, para fazer espuma.
Em 1502, a ilha de Guanaja, habitada por astecas, recebeu a esquadra de Colombo. O navegador foi um dos primeiros europeus a provar o sabor do chocolate. Mas o produto ganhou o mundo no século 16. O conquistador Hernán Cortez chegou ao México, entrou em contato com os astecas da época do imperador Montezuma II, conheceu o chocolate e o levou para a Europa. Quando lá chegou, o açúcar, a canela e a baunilha substituíram a pimenta.
A delícia se tornou tão valiosa que sua produção na Espanha foi mantida em segredo por mais de um século.
No século 17, surgiu em Londres a primeira loja especializada em chocolates. Em Paris, no século seguinte, foi instalada a primeira fábrica do produto.
Até 1861, o doce foi consumido apenas na forma líquida. Ainda no século 19, os holandeses criaram o chocolate em pó e em barra.
Em 1876, o suíço Daniel Peter resolveu acrescentar leite e inventar o gênero mais consumido no Brasil hoje.
O chocolate beneficia os rins e o sistema nervoso central, além de ajudar na fabricação de endorfina, responsável pelo nosso bem-estar.
O rei asteca Montezuma II bebia vários frascos do tchocolatl antes de ficar com as mulheres de seu harém, pois a bebida tinha fama de afrodisíaca.
O aventureiro sedutor Casanova (1725-1798) dizia que o chocolate era o “elixir do amor”.
O marquês de Sade (1740-1814) colocou o alimento em uma de suas histórias obscenas. O chocolate foi mistura a cantaria – inseto usada na medicina antiga ao qual eram atribuídos poderes afrodisíacos – e distribuído como pastilhas em uma festa. O texto dizia que os convidados queimaram com ardor lascivo.