“O Show de Roy Rogers” foi a primeira série de caubói da TV brasileira. Estreou no Brasil em fevereiro de 1958 pela TV Record. No início, era veiculada em inglês e legendada. Só depois de 2 anos é que passou a ser dublada.
A série era ambientada na cidade fictícia de Mineral City. Roy Rogers era fazendeiro e costumava frequentar um pequeno restaurante chamado Eureka Café, tocado pela proprietária, Dale Evans, e o atrapalhado cozinheiro, Pat Brady. O trio de amigos participava de todas as aventuras. Aqui uma curiosidade: os nomes dos três protagonistas eram os nomes reais dos artistas.
Um jipe que tinha vontade própria
“O Show de Roy Rogers” tinha ainda três personagens fixos não humanos: Trigger, o cavalo adestrado do Roy Rogers; Bullet (que na dublagem era chamado de Bala), o cão pastor-alemão super inteligente; e Nellybelle, o jipe de Pat Brady, que tinha vontade própria – só funcionava quando queria.
A voz de Roy Roger foi dublada por Gervásio Marques; Dale Evans , por Lucy Guimarães; e Pat Brady, pelo meu saudoso amigo José Soares.
Roy Rogers (1911-1998) foi também um bem-sucedido cantor. Gravou inúmeros discos e cantou em todos os filmes de longa-metragem que estrelou.
O que você vai ouvir:
A primeira sonora traz a abertura da série em que Roy Rogers é chamado de o “Rei dos Vaqueiros”, e Dale Evans, a “Rainha do Oeste”. Os dois eram casados na vida real. A dublagem, da AIC São Paulo, tinha a narração inconfundível de Carlos Alberto Vaccari.
A segunda apresenta uma cena em que os três estão a caminho de uma festa de casamento. Roy e Dale vão a cavalo e Paty, no jipe Nellybelle. O veículo parecia não estar muito a fim de chegar ao evento.
No terceiro áudio, Roy canta em dupla com Dale a canção “Happy Trails”, composta pela própria Dale. Era com essa música que os episódios eram encerrados.
Magalhães Júnior, especial para o “Você é Curioso?” (25/04/2020)
Por favor, falem sobre Durango Kid, série de cinema que fez muito sucesso quando apresentada na TV brasileira. O nome do herói virou até gíria para quem não tinha dinheiro. “Não tenho um centavo. Tô Durango”.
Obrigado.