1. Na intimidade, Domitila era chamada de “Titília” por Dom Pedro. MARQUESA DE SANTOS
  2. Quando ele a conheceu, em 1822, ela já estava separada do marido, o alferes Felício Pinto Coelho de Mendonça, com quem teve três filhos.
  3. Felício a acusara de adultério e tentara matá-la com duas facadas. Embora o Código Criminal do Império considerasse crime a manutenção de “mulher teúda e manteúda”, Pedro nunca teve problemas com seus romances.
  4. Domitila de Castro recebeu o título de Marquesa de Santos numa provocação a José Bonifácio, que pertencia a uma família santista. Bonifácio se tornara inimigo político do imperador e o mais ferrenho adversário de Domitila.
  5. Foram sete anos de uma paixão que incendiou a corte no Brasil – dois deles passados no Palacete de São Cristóvão, no centro do Rio.
  6. O casarão, presente do imperador em 1827, ficava próximo da antiga casa de dom Pedro, hoje o Museu Nacional no Rio de Janeiro.
  7. De seus aposentos, Pedro I podia ver a casa. Ciumento, ele tentava controlar a vida de sua amada. Numa carta, reclamou que não gostava de ver luz acesa no quarto dela até tarde da noite.
  8. D. Pedro assinava suas cartas de amor para ela como “O Demonão”, “Fogo”, “Foguinho” ou simplesmente “Imperador”.
  9. Quando Dom Pedro I assumiu o romance com a Marquesa, a imperatriz Leopoldina tentou entrar para um convento. E ainda sofreu muitas humilhações. Domitila foi nomeada sua primeira-dama, ficando obrigada a conviver com a rival sob o mesmo teto do Palácio de São Cristóvão. Deprimida e angustiada, Leopoldina ficou grávida pela nona vez e acabou abortando. Alguns historiadores sustentam que o incidente ocorreu em razão de um pontapé na barriga, dado por Pedro I, após uma violenta discussão provocada pela recusa da esposa em comparecer a uma cerimônia.
  10. Quando Leopoldina morreu, aos 29 anos, em 11 de dezembro de 1826, Pedro tentou provar que a Marquesa tinha sangue azul para se casar com ela, mas não conseguiu. O caso deles teve repercussão internacional. Não foram fáceis as negociações de um novo casamento para ele. Em 1829, uma das condições impostas para sua união com a jovem Amélia de Leuchtenberg, princesa da Baviera, foi despachar Domitila da corte, o que acabou acontecendo. De volta a São Paulo, a Marquesa de Santos casou, em 1842, com o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, um dos homens mais ricos de São Paulo. Antes disso, porém, viveu com ele em concubinato por vários anos, dando-lhe seis filhos.