O Festival das Estrelas – Tanabata Matsuri é considerada a maior festividade tradicional japonesa no Brasil. Em São Paulo, as ruas do bairro oriental da Liberdade ganham enfeites suspensos feitos com papel colorido.
A grande atração da festa são os tanzakus, tiras coloridas de papel em que as pessoas escrevem seus pedidos. Esses papéis são pendurados em sassadakes (bambus) espalhados pelas ruas. Cada cor tem um significado: amarelo é dinheiro; rosa, amor; vermelho, paixão; azul, proteção e saúde; verde, esperança; branco, paz.
A tradição é baseada na lenda do Tanabata, que surgiu há 4 mil anos na China. Diz a história que a Princesa Orihime, que era tecelã, e o pastor Kengyu se apaixonaram. Os dois se esqueceram das obrigações, dedicando todo o tempo para o amor. Como castigo, foram transformados em estrelas e separados na Via Láctea. Mas a tristeza do casal apaixonado comoveu o Senhor Celestial, que passou a permitir um único encontro anual entre os dois, sempre na sétima noite do sétimo mês do antigo calendário lunar. Para agradecer pela data do encontro, Orihime (estrela Vega da constelação da Lira) e Kengyu (estrela Altair da constelação da Águia) realizam os pedidos que estão pendurados nos bambus.
Os bambus com as tiras coloridas são queimados ao final da festa para que a fumaça leve os pedidos para os céus.
A popularização da festa no Japão aconteceu em 1946, como forma de incentivar o país a se recuperar dos estragos da Segunda Guerra Mundial. Mas, em São Paulo, a primeira edição aconteceu nos dias 2 e 3 de julho de 1979. Quem iniciou as pesquisas para trazer a festa para a cidade foi Tetsuo Oohashi, então presidente da Associação Miyagui Kenjin-kai do Brasil. Para o primeiro Tanabata paulistano, foram decorados 100 bambus.