Os símbolos matemáticos não foram inventados por uma pessoa só. Na verdade eles são resultado de um processo histórico de evolução. “Ao longo da Idade Média, a matemática se desenvolveu especialmente entre os árabes. Foram eles quem inventaram as equações, mas sem símbolos. Elas eram apenas escritas com palavras”, explica Rogério Mol, professor do departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais.
Os símbolos começaram a surgir quando a álgebra chegou à Europa na época do Renascimento. O primeiro foi o de soma (+), criado em 1360 pelo francês Nicole de Oresme para substituir a palavra “et”, que em latim significa “e”. Um século depois, em 1489, o alemão Johannes Widmann usou pela primeira vez este símbolo em uma publicação e de quebra ainda criou um sinal para a subtração (-).
O sinal de igualdade (=) surgiu algum tempo depois, em 1551, em um livro do britânico Robert Recorde: “O próprio Recorde justificava o sinal dizendo que nada pode ser mais igual do que dois segmentos de reta paralelos”, conta Rogério.
O primeiro sinal de multiplicação foi o da cruz de Santo André (x), criado em 1618, também na Inglaterra, por William Oughtread. Ainda no Século XVII, em 1698, Gottfried Leibniz, um alemão, inventou outro sinal: um ponto (.).
Os árabes até criaram um símbolo para a divisão no Século XII (a barra diagonal, /, que seria usada a partir de 1718 pelo inglês Thomas Twining), mas o primeiro sinal a se popularizar foi o segmento de reta entre dois pontos (÷), criado em 1659 pelo suíço Johann Rahn.