A televisão brasileira, sobretudo em sua primeira década de vida, apresentou várias séries de sucesso, mas que tinham alguns temas bastante recorrentes, como bangue-bangue, lutas de capa e espada, dramas familiares e aventuras interplanetárias. Segundo o especialista Magalhães Júnior, a primeira série diferentona foi “Lanceiros de Bengala”, de 1959.

 

 

 

“Lanceiros de Bengala”

LANCEIROS DE BENGALA
Foi a primeira série ambientada na Índia, ainda uma colônia inglesa. Estreou na TV Tupi e foi uma das primeiras séries a ser dublada. Tanto é que, na grade horária das emissoras em revistas e jornais, o texto frisava que a série “dublada para o português”. “Lanceiros de Bengala” contava as aventuras dos tenentes Rhodes e Storm à frente do 77º batalhão de lanceiros, em Bengala, na Índia, durante o final do século XIX.

 

 

“Hong Kong”

HOMG KOMG SÉRIE
A novidade era que a série tinha um jornalista como protagonista. “Hong Kong ” estreou em 1964 pela TV Tupi. A série era ambientada em Hong Kong e apresentava o cotidiano do americano Glenn Evans (Rod Taylor), que era correspondente internacional. Em suas reportagens, Evans normalmente acabava se metendo em confusão. Quem entrava em ação então era o chefe da polícia local, o inglês inspetor Neil Campbell (Lloyd Bochner) .

 

 

“O Agente da U.N.C.L.E.”

O Agente da U.N.C.L.E

A primeira série de espionagem a fazer sucesso na TV brasileira foi “O Agente da U.N.C.L.E.”. Estreou no Brasil em 01 de março de 1966 na TV Excelsior, patrocinado pelo creme masculino para cabelo Trim. Era uma série que contava as aventuras de dois agentes que trabalhavam para uma organização de espionagem multinacional: o americano Napoleon Solo (Robert Vaughn e dublado por João Paulo Ramalho) e o russo Illya Kuryakin (David McCallum/Emerson Camargo). Os dois agentes eram supervisionados pelo britânico Alexander Waverly, interpretado pelo ator Leo G. Carroll (dublado por Marthus Mathias, que fazia também a famosa voz de Fred Flinstone). A esta organização deu-se o nome de U.N.C.L.E, – United Network Command For Law and Enforcement. Mas a U.N.C.L.E. também fazia referência ao termo “Uncle Sam”, o Tio Sam. A agência U.N.C.L.E. combatia uma agência do mal, formada por sindicatos de crime internacional, criminosos de guerra nazistas e ditadores. Essa agência do mal chamava-se THRUSH que era a abreviatura de Hierarquia Tecnológica para a Remoção de Indesejáveis e Subjugação da Humanidade.

 

 

“Honey West”

HONEY WEST

O primeiro personagem feminino apresentado de uma forma totalmente diferente do habitual apareceu em “Honey West“, de 1966. Interpretada pela atriz Anne Francis e dublada por Selma Lopes, Honey West era uma eficiente detetive particular. Ela trabalhava em parceria com o também detetive Sam Bolt (John Erickson, dublado por Paulo Pereira). Honey West tinha um filhote de leopardo como bichinho de estimação. Seu nome era Bruce. Seu batom tinha um microfone escondido, enquanto seus brincos podiam servir de pequenas granadas.

“Guerra, Sombra e Água Fresca”

GUERRA, SOMBRA E ÁGUA FRESCA

A guerra sempre foi trazida à tela brasileira através de séries densas, pensadas, tais como “Combate” e “Ratos do Deserto”. A série que resolveu romper com essa coisa pesada foi “Guerra, Sombra e Água Fresca”, uma paródia das tramas de guerra, de 1968. “Guerra, Sombra e Água Fresca” tinha como cenário um campo de concentração na Alemanha, o Campo 13. Ali os prisioneiros aliados, comandados pelo americano Coronel Hogan, faziam gato e sapato dos alemães, principalmente orquestrando fugas de aliados. O Campo 13 era comandado pelo Coronel Klink e seu fiel ajudante, Sargento Schulz.