O ator Paulinho Pompéia, garoto-propaganda dos Cigarrinhos de Chocolate Pan (em 1996, a empresa mudou o nome para Rolinhos de Chocolate, para que eles não servissem de estímulo ao tabagismo), morreu em 30 de junho de 2021, aos 72 anos.
A edição de abril de 2003 da “Revista dos Curiosos” revelou a identidade do garotinho da Pan. O ator Paulinho Pompéia tinha então 59 anos. Atuou em “Malhação” e “Perigosas Peruas”, e foi apresentador do Telecurso 2000, da Globo, entre outros trabalhos.
Na época, Paulinho Pompéia deu a seguinte entrevista:
Como você foi parar na embalagem?
Eu tinha 11 anos e trabalhava no Circo Garcia, em São Paulo, como o palhaço Berinjela. Um rapaz que trabalhava na Pan gostou da minha apresentação e me chamou para fazer as fotos.
Esta foto foi um trampolim para sua carreira?
Eu comecei a ficar mais conhecido. Passei a cantar em outros circos e também em rádios. Cantava MPB, samba, bolero, valsa. Depois fui modelo de um comercial da Riachuelo e comecei a fazer teatro. Também já trabalhei na TV Manchete e na TV Record.
Você recebeu o cachê em chocolate?
Eu não comi nem o que coloquei na boca na hora da fotografia! Mas o cachê que ganhei salvou o Natal da família naquele ano. Comprei calça jeans, sapatos, meias de cano longo e até uma camisa de jérsei, que era um luxo. Não liguei para o chocolate. Nunca gostei de doce.
E o que achou da mudança dos “cigarrinhos” para “rolinhos”?
Acho legal, porque era um tipo de propaganda tabagista. O que leva a molecada a fumar é a pose. As crianças a praticavam com o cigarrinho de chocolate até chegar a hora de fumar de verdade.
Foi assim para você também?
Sem chance. Nunca fumei na vida. Meu único vício é viver bem.
olha que legal eu sempre comia!! e tambem nunca fumei!
paulinho morador da penha e meu amigo , pessoa excelente e ator profissional , os cigarrinhos da hora e eu tambem não fumo acho que isso não influencia as crianças a fumar
Eu comia muito desse chocolate e também nunca fumei.
Era tão fissurado neste chocolate, que fiz na minha adolescência uma baseado, claro de chocolate.
Senhores, boas!!!
O chocolate era horrível, mas, dava “status” consumi-lo.
Se alguém na “casa dos 60”, teve a chance e não os provou, perdeu algo de sua infância.
Eu e alguns amiguinhos apostávamos os cigarrinhos de chocolate em jogos de bafo e de bolinhas de gude.
Eli Campos Perez
Eu era fã dos cigarrinhos Pan e, tenho que admitir, fumei sim (parei há mais de 15 anos). Comecei a fumar, mas NÃO POR CAUSA DOS CIGARRINHOS, e sim por ver outras pessoas fumarem. Uma coisa que hoje detesto é cigarro. Agora, os cigarrinhos Pan eram uma parte agradável da minha feliz infância nos anos 70. Não sei se foi a primeira vez no Brasil, mas há que se destacar que a embalagem trazia um garoto negro, algo que não me consta ocorresse com outros produtos nem brinquedos.
Eu e minha irmã Maria de Lourdes, éramos assíduas consumidoras dos cigarrinhos de chocolate da “Pan”, adorávamos, no entanto, não viramos fumantes, isto nunca foi um incentivo ao vício de fumar. Acredito que depende muito da criação, dos exemplos e, também da própria pessoa.