O Projeto “Elephant Art & Conservation” expõe e vende pinturas feitas por artistas um pouco inusitados: elefantes “aposentados”. Na Ásia, a crescente modernização da economia acabou desempregando os elefantes, tradicionalmente usados em algumas regiões para transporte humano e de carga. Assim, a dupla de artistas plásticos Komar & Melamid resolveu ensinar aos animais um novo modo de vida: a pintura. Segundo o organizador, David Ferris, o objetivo do projeto é “promover e distribuir a obra dos elefantes artistas a fim de levantar fundos para a sua preservação”.
Na Tailândia, um sexteto de elefantes domesticados lançou o CD “Elephonic Rhapsodies”. Segundo os responsáveis pelo projeto, os paquidermes selecionam por conta própria as notas e o ritmo da música, batendo com suas trombas em instrumentos semelhantes a um xilofone gigante.
Na Rússia, o Museu Biológico Timiriazev organizou uma exposição com as “obras de arte” de ilustres animais artistas. Há macacos, golfinhos, um corvo chamado “Rembrandt” e as duas maiores estrelas: os porcos “Picasso” e “Malevitch”. De acordo com o organizador do projeto, Ilia Krasnov, o porco Picasso “é um artesão, pois trabalha de maneira repetitiva e faz sempre a mesma coisa.” Já Malevitch é um “verdadeiro artista”.
O chimpanzé “Congo”, nascido em 1954, produziu cerca de 400 pinturas ao longo de sua vida. Em 1957, uma exposição organizada no London’s Institute of Contemporary Arts, incluiu algumas obras de Congo – uma delas foi comprada pelo artista “humano” Pablo Picasso. Em 2005, três pinturas raras do macaco foram vendidas em um museu londrino, atingindo o valor de 1.500 euros (cerca de 4 mil reais).
O artista-cavalo “Cholla” começou a pintar quase por acaso há quatro anos. Seus donos estavam pintando o curral onde ele vivia quando resolveram pedir para o animal “dar uma mão”. Cholla pegou o pincel e nunca mais parou. O cavalo, que completou 23 anos em 2008, foi batizado com o nome de uma espécie de cacto, comum no sudeste dos EUA. Ele pertence a raça mustang. “The Big Red Buck” é o título da pintura feita por Cholla selecionada para exibição na “Terceira Premiação Internacional de Arte Laguna” em 2008, na Itália. A escolha de um cavalo como participante foi polêmica: “Nós precisamos admitir que não esperávamos a inscrição de um cavalo. Ficamos bastante perplexos no início, mas depois pesquisamos mais sobre Cholla na Internet e decidimos aceitá-lo, dado o seu prestígio nos EUA”, declarou a porta-voz do evento, Cristina Del Favero. Cerca de 3 mil pinturas, esculturas e fotografias participaram da competição. Apesar de não poder ganhar nenhum prêmio em dinheiro, Cholla receberá uma menção especial do júri.
O valor das pinturas originais do cavalo gira em torno de 900 dólares, mas Cholla já chegou a “embolsar” 2.200 dólares por um quadro.
O talento do elefante tailandês Boon Mee foi descoberto no zoológico de Samutprakam. Ao entrar em contato com uma paleta de tintas e uma tela, o animal produziu uma obra de arte que pode ser comparada às feitas por artistas humanos mundialmente reconhecidos. As pinturas de Boon Mee já fizeram parte de diversas exposições ao redor do mundo.
A gorila Samantha, atração do zoológico de Erie, na Pensilvânia (Estados Unidos), começou a pintar já com certeza em idade – aos 46 anos. Um de seus quadros integrou uma exposição em Londres no começo de 2012.
A chimpanzé Bakhari, do zoológico de Saint Louis (Estados Unidos), pinta com as mãos. Suas obras parecem ter sido feitas por pintores humanos expressionistas. A mais famosa delas, chamada Digit Master, esteve exposta para o público em 2012.
O orangotanto Baka, nascido em 1990, segura seu pincel ora com a mão ora com o pé ora com a própria boca. Sua professora Mandy o encoraja a pintar da maneira que bem entender. No começo de sua carreira, Baka quebrou um número considerável de pincéis. Hoje, suas obras participam de exposições.