À princípio utilizado como bebida (reconstituído com água), o leite condensado podia ser armazenado por muito tempo, o que era importante em períodos de escassez de leite fresco. Depois da Segunda Guerra Mundial, a Nestlé, dona da marca, fez uma grande campanha para que donas de casa passassem a utilizá-lo em doces e sobremesas.

LEITE CONDENSADO MOÇA

O leite condensado começou a ser importado pelo Brasil em 1890 e era uma alternativa ao leite fresco, cujo abastecimento era problemático. O produto da The Nestlé and Anglo Swiss Condensed Milk Company era vendido nas drogarias e, inicialmente, seu nome era Milkmaid. Mas a jovem da embalagem, uma camponesa suíça do século XIX, inspirou os compradores, que pediam o “leite da marca moça” e depois apenas Leite Moça.

Quando a Nestlé abriu sua primeira fábrica no país, em 1921, na cidade de Araras (SP) e começou a produzir o produto, optou pelo nome criado espontaneamente.

Em 2009, a  Nestlé resolveu adoçar a memória de muita gente e lançou “edições históricas” de suas famosas latas de leite condensado, datadas originalmente de 1937, 1946, 1957, 1970 e 1983.

LEITE MOÇA

O lata tradicional traz 395 gramas do produto. No Brasil, a Nestlé vendeu de 2000 a 2006 o Mocinha, que vinha em tubinhos de 210 gramas nos sabores Original, Morango e Chocolate.

Em toda a América Latina, exceto no Brasil, o leite condensado da Nestlé se chama La Lechera.

O que Leite Moça tem a ver com a Segunda Guerra Mundial? No dia 17 de agosto de 1942, o navio cargueiro Itagiba foi supostamente afundado por um submarino alemão na costa da Bahia. Uma menina chamada Walderez Setogutti sobreviveu graças à uma caixa de Leite Moça, que serviu como salva-vidas. Depois Walderez foi técnica em enfermagem, formou-se em Psicologia, casou-se e teve três filhos.

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