Carlos Alberto Parreira, hoje técnico da Seleção da África do Sul, já disse que o gol é um mero detalhe do futebol. Não é só ele que pensa assim. Os criadores do panna não têm a menor dúvida de que passar a bola pelos três paus não é tão emocionante quanto dar um “rolinho” no meio das pernas de um adversário. “Panna” é justamente a expressão que, no Suriname, país vizinho da América do Sul, equivale à nossa conhecida “jogar entre as canetas”.
O panna é um jogo de futebol diferente. É um contra um ou dois contra dois. As partidas têm 3 minutos de duração, e são embaladas por ritmos como black music, R&B, sambarock e soul. Em vez de campo, acontece em quadras infláveis, que medem 4m X 6m. Ao final da partida, vence quem tiver feito mais gols. Com uma única exceção: um panna (ou “caneta”) encerra o jogo e dá a vitória imediatamente ao autor da proeza, mesmo quem ele esteja perdendo naquele momento por 10 x 0. Em outras palavras, é quase o mesmo que um “golden goal” ou uma “morte súbita” (o primeiro gol é o que dá a vitória a um time durante a prorrogação).
O jogo nasceu na Holanda, onde há atualmente 200 campeonatos regionais da modalidade e um torneio nacional anual. Itália, França, Suíça, Bélgica, Turquia, Espanha e Inglaterra também já conhecem o panna. No Brasil, a primeira exibição acontecerá no próximo dia 7, em São Paulo, com direito a presença do campeão holandês de 2009, Mo Boutaka. Ao cruzar com ele, não esqueça de deixar as suas pernas bem juntinhas. O cara é craque em desmoralizar os oponentes.
que bacana quer dizer que se tomar uma caneta ja eras! se o Ronaldinho gaucho e Robinho jogassem seria legal