Duas vezes na história do país a festa mais esperada do ano sofreu mudança de calendário. A primeira foi em 1892, quando o ministro do Interior tentou mudar a data da festa para 26 de junho. Segundo o ministro, o evento gerava muito lixo, e junho era um mês mais “saudável” que fevereiro. O povo, indignado com a atitude do ministro, ignorou a sentença e pulou dois carnavais – um no verão e outro no inverno.
Em 1912, mais uma tentativa frustrada de mexer com a folia do brasileiro: por causa da morte do Barão do Rio Branco, em 10 de fevereiro daquele ano, o governo determinou que os bailes de Carnaval fossem adiados para o dia 6 de abril. Mais uma vez, o povo não se abalou: pulou duas vezes e ainda entoou uma marcha improvisada para ridicularizar a situação: “Com a morte do Barão tivemos dois Carnavá / Ai, que bom, ai, que gostoso / Se morresse o marechá”. O “marechá”, no caso, era o atual presidente Hermes da Fonseca.
O episódio de 1912 é detalhado no livro “O Dia em que Adiaram o Carnaval”, de Luís Claudio V. G. Santos, lançado em 2010 pela Editora Unesp. Segundo o autor, uma multidão de luto saiu pelas ruas para velar a morte do herói nacional. Isso não impediu, porém, que uma semana depois já estivessem todos vestidos em fantasias coloridas.
Muito bacana o post. É isso, o povo só quer se divertir… assumir as responsabilidades e lutar pelos direitos fica para a quinta-feira, logo a pós a quarta de cinzas. Mas, se puder deixar para a terça seguinte é melhor, porque curam a ressaca a curtem um final de semana, descansando na segunda e começando na terça. É, somos o máximo! rs
Pat Lins esta certo! Brasil – Só nos sonhos dos mais utópicos esse país vai para frente.