Foragido e procurado pela Interpol desde ontem, o empresário Eike Batista vive o momento mais delicado de sua derrocada. Ele teve um pedido de prisão preventiva expedido ontem num desdobramento da Operação Lava-Jato. Em 2008, Eike passou a ser o brasileiro mais bem posicionado na lista de bilionários da revista Forbes. Quatro anos depois já era o sétimo homem mais rico do planeta (e, em entrevistas, dizia que atingiria o primeiro lugar dali a dois ou três anos). Não foi o que aconteceu. O empresário, que foi casado com a modelo Luma de Oliveira entre 1991 e 2004, voltou ao noticiário junto com detalhes de sua vida nababesca. Ou seja: iates, carros luxuosos, festas e uma fortuna astronômica fizeram de Eike um verdadeiro nababo.
Mas, afinal de contas, por que é que chamamos de “nababo” aquele que tem muito dinheiro (o que definitivamente não é mais o caso de Eike) e ostenta uma vida cheia de luxo? Trata-se de uma herança vinda dos séculos XVI, XVII e XVIII. Nessa época, em diversas regiões do Oriente (principalmente no Império Mongol, na Índia e na Pérsia), a figura do nababo representava um vice-rei ou um governador de uma das províncias locais. Tem origem na palavra árabe “nabob”, que significa “delegado”.
Os tais nababos tinham o hábito de realizar festas suntuosas e cheias de mordomias. Por isso, viraram referência de uma vida abastada. E não é só no Brasil. Em inglês, desde o século XVII usa-se o termo “nabob” (uma variação de “nawab”, que é a tradução de fato de “nababo”) para designar grandes comerciantes que prosperaram. A partir do século XVIII, esteve mais relacionado àqueles que enriqueceram na Índia. Algum tempo depois, passou a ganhar um peso parecido ao que hoje temos no Brasil, associando-se aos que não só possuem grande condição financeira, como conscientemente tentam mostrá-la o tempo todo.
gostei…sou curiosa para aprender e estou sempre aprendendo..valeu
Nababou mesmo!!