Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo nasceu no Recife, em 19 de agosto de 1849. Ele era filho de José Thomaz Nabuco de Araújo, senador do Império, e de Ana Benigna de Sá Barreto, cuja família fazia parte da elite açucareira.
Joaquim Nabuco começou a estudar Direito em São Paulo, na atual Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da USP. Apesar disso, concluiu seus estudos em sua cidade natal, Recife.
Em 1878, depois da morte do pai, Joaquim Nabuco se elegeu deputado-geral do Império por Pernambuco. A atuação parlamentar lhe conferiu outro apelido: “Leão do Norte”.
Logo se engajou na luta contra a escravidão — bandeira que seu pai já havia levantado, em 1871, ao defender a aprovação da Lei do Ventre Livre. Em 1880, participou da fundação da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.
A admiração pelo pai fez com que Joaquim Nabuco escrevesse uma biografia dele, “Um Estadista do Império”, lançada em três volumes entre 1897 e 1899.
Grande amigos, Machado de Assis e Joaquim Nabuco fundaram a Academia Brasileira de Letras em 1897. O primeiro e único cargo ocupado por Nabuco foi de secretário-geral.
Em 1899, Joaquim Nabuco atuou na “Questão do Pirara”, defendendo os interesses brasileiros. A Inglaterra reclamava a posse de uma área de aproximadamente 33.200 quilômetros quadrados, enquanto o Brasil dizia ser dono dessa mesma área. O territória ficava entre a Guiana e o estado brasileiro de Roraima. Escolhido para tomar decidir quem estava correto, o rei Victor Emanuel III, da Itália, deu ganho à Inglaterra. O resultado só saiu em 1904 — cinco anos depois de Nabuco tomar parte.
Apesar de não gostar de Washington, Nabuco foi nomeado embaixador brasileiro na cidade norte-americana, em 1905. Ele defende uma aproximação entre Brasil e Estados Unidos, e faz conferências em diversas universidades — como Yale e Columbia.
Nabuco tinha a fama de ser um homem bonito. Por causa disso, um de seus apelidos era “Quincas, o belo”. Filha de Joaquim Nabuco, Carolina escreveu, em suas memórias, que alguns americanos passavam pela casa dele para ver “o homem mais bonito de Washington”.
O secretário de Estado do presidente Theodore Roosevelt, Elihu Root, vendeu sua casa em Washington a Joaquim Nabuco. Ela ficava na praça Lafayette, número 14, a poucos metros da Casa Branca. Em 17 de janeiro de 1910, Joaquim Nabuco morreu em Washington, vítima de uma congestão cerebral.