em 17 de novembro de 1889, dois dias depois da queda do imperador Dom Pedro II.
O fato aconteceu
o cruzador Almirante Barroso, da Marinha Brasileira, numa expedição que previa a volta ao mundo em menos de dois anos, estava atracado no porto de Colombo, capital do Ceilão (atual Sri Lanka).
Na ocasião,
Custódio José de Melo recebeu um telegrama notificando-o da Proclamação da República e dos procedimentos a serem adotados em relação à bandeira imperial hasteada na embarcação.
O comandante
era clara: a coroa nela desenhada deveria ser substituída por uma estrela vermelha até que a nova bandeira republicana fosse entregue à tripulação.
A informação
cinco meses mais tarde, em 8 de abril de 1890.
Isso só aconteceria
uma estrela vermelha? Porque na época esse era um símbolo republicano.
Mas por que
ganhou esse sentido depois da Comuna de Paris, lembrando a cor tradicional do barrete frígio, típico chapéu utilizado pelos revolucionários franceses de 1789.
A cor vermelha
a estrela vermelha já havia sido utilizada pelos líderes da Conjuração Baiana, em 1798, um movimento republicano reprimido pela Coroa de Portugal, metrópole do Brasil naquele período.
Em solo brasileiro,
foi revelada no romance “1889 – Como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da monarquia e a proclamação da República no Brasil”, do jornalista Laurentino Gomes.