1. A estilista inglesa Mary Quant inovou ao combinar a minissaia com blusas justas e botas. O look foi febre no verão londrino de 1963. Mas aqui no Brasil ele ficou associado à Jovem Guarda, principalmente por causa da ternurinha Wanderleia. A “garota papo firme”, como o colega Roberto Carlos falou, só andava de minissaia.
2. Os Beatles conquistaram a Inglaterra e o mundo na década de 1960. E, com eles, o corte de cabelo tigela e os ternos eduardianos apertados. A aparência dos quatro garotos de Liverpool influenciou, inclusive, os compatriotas do Rolling Stones. Só não agradou à imprensa norte-americana. Na primeira visita do grupo aos Estados Unidos, a revista Newsweek abriu uma matéria dizendo que “visualmente, (os Beatles) são um pesadelo”. Já o jornal New York Daily News publicou: “Bombardeada com problemas ao redor do mundo, a população voltou seus olhos para quatro jovens britânicos com cabelos ridículos”.
3. Em 1971, David Bowie lançou o disco The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars (A Ascensão e Queda de Ziggy Stardust e das Aranhas de Marte). Stardust era um alienígena homossexual que chega à Terra cinco anos antes de o planeta ser destruído e vira um astro do rock. O cantor, com a ajuda de penduricalhos, maquiagem e sapatos plataforma, incorporava o personagem nos shows. O estilo foi a marca registrada do chamado glam rock.
4. Antes de criarem os Sex Pistols, o empresário Malcom McLaren e sua esposa, a estilista Vivienne Westwood, já tinham lançado as camisetas rasgadas e rasbicadas e os acessórios feitos com correntes do visual punk. Os trajes eram vendidos na Sex, loja do casal em Londres (Inglaterra). O cabelo arrepiado e pintado com cores berrantes (batizado de moicano) apareceu primeiro na cabeça do vocalista John Lydon. O penteado, as espinhas no rosto e os dentes estragados lhe renderam o apelido Johnny Rotten (Joãozinho Podre).
5. A identidade real dos integrantes do Kiss foi mantida em segredo durante muito tempo. Quando criaram a banda, cada um deles adotou uma personalidade alternativa para os palcos. A maquiagem ajudava a identificá-las.O vocalista Paul Stanley com sua estrela era a encarnação do amor. O guitarrista Ace Frehley e seus rabiscos prateados, o alienígena interplanetário. O baterista Peter Cris virava um gato, e o baixista Gene Simmons personificava o demônio.
6. O vocalista do The Cure, Robert Smith, foi expulso da escola por ser considerado uma má influência para os outros alunos. Tudo graças à mania de usar roupas pretas e maquiagem. O look acabou sendo adotado pelos fãs do gótico.
7. Outro que demonstrava um gosto peculiar para roupas desde os tempos de estudante foi Elvis Presley. O cantor misturava a moda country ao topete com costeletas. Aliás, foi com um deles (de 15 centímetros de altura) que o rapaz participou do especial Welcome Elvis, feito para homenageá-lo após a temporada que passou servindo o exército. A imagem do músico e seu topetão cantando Fame and Fortune (Fama e Fortuna) virou símbolo da geração anos 1950 e 1960.
8. Com o disco Nevermind, de 1991, o Nirvana ganhou de vez seu espaço na galeria dos ídolos do rock (foram 10 milhões de cópias vendidas). De lambuja, lançou o visual grunge, cuja marca maior são as camisas de flanela.
9. Ney Matogrosso e o grupo Secos & Molhados desafiaram a ditadura ao subir ao palco com os corpos seminus e muita maquiagem no rosto. O modelo foi inspirado na trupe de teatro carioca Dzi Croquettes. Os atores, com seus bigodões, barbas e pernas cabeludas, se apresentavam com saias e botas de cano alto.