Natural do Ceará, Hélder Câmara foi matriculado pela família num seminário aos 8 anos. Ordenou-se padre aos 22 anos e conseguiu uma permissão especial de Roma para celebrar missas dois anos antes do estabelecido pelas regras da Igreja. Virou bispo em 1952. Ele foi um dos fundadores da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e da Celam (Conferência Episcopal Latino-Americana). Em março de 1964, dom Hélder apoiou o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart. Assumiu, logo depois, o Arcepiscopado de Olinda e Recife, que só deixaria aos 76 anos. Grande adversário da ditadura, ele acabaria sendo uma das grandes vozes que denunciou a ocorrência de tortura durante o regime militar. “Dom Hélder é meu bispo vermelho”, diz o Papa Paulo VI. Recebeu duas indicações para o Prêmio Nobel da Paz, em 1971 e 1974.
Morreu no dia 27 de agosto de 1999, aos 90 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória enquanto dormia. Seu corpo foi enterrado no mausoléu dos bispos, na Igreja da Sé, em Olinda.
