O ritual pode ser aplicado apenas em pessoas batizadas na Igreja Católica. Uma vez excomungado, o condenado não pode mais receber sacramentos ou participar da vida da Igreja.
Inicialmente, apenas leigos (não-religiosos) podiam ser excomungados. A sentença era anunciada com o dobrar de sinos, um símbolo da “morte” do fiel para a Igreja.
As consequências da excomunhão, de acordo com a doutrina católica, no plano espiritual, não são claras. Uma das interpretações é que o condenado vai para o limbo – meio caminho entre o céu e o inferno.
Em 1809, Napoleão Bonaparte foi excomungado pelo papa Pio VII. O motivo foi a anexação de Roma ao império francês.
Os membros da maçonaria também foram excomungados em 1917 por uma lei canônica.
Fidel Castro também foi excomungado, em 1962, por transformar Cuba em um país comunista.
O uso da “pílula do dia seguinte” foi recomendado como motivo de excomunhão para o Vaticano, em 1994.
A cantora irlandesa Sinéad O’Connor causou grande polêmica entre os católicos ao rasgar a foto do papa João Paulo II diante das câmeras de televisão. A gota d’água para a sua excomunhão aconteceu em 1999, quando Sinéad tornou-se sacerdote de uma seita cristã.
Em 2009, o arcebispo de Olinda e Recife Dom Dedé anunciou a excomunhão da mãe e dos médicos responsáveis pelo aborto feito em uma menina de 9 anos, grávida de gêmeos e vítima de abusos sexuais do padrasto. O aborto é permitido pela lei brasileira em casos de estupro e quando a gravidez ameaça a vida da mãe.
