Nem sempre que um jogador se recupera imediatamente de uma lesão que provocou a paralisação de um jogo ele está apenas ganhando tempo para esfriar a partida ou segurar o resultado. O tal spray funciona mesmo: ele age controlando os impulsos nervosos até o local lesionado, promovendo assim uma retenção rápida da dor.
O princípio básico da ação desses sprays é o refrescamento da região atingida – não à toa os produtos costumam carregar o nome “ice”, que é gelo em inglês. As substâncias componentes (como o álcool isopropílico) promovem uma perda de calor na pele. Com essa perda de calor, o eventual hematoma aberto pela pancada perde força e não recebe mais os impulsos nervosos que provocam a dor.
Na prática, é como colocar uma bolsa de gelo na região atingida. O spray somente faz isso de maneira mais prática e rápida para não tirar o atleta lesionado do jogo por muito tempo. O uso requer cuidados entre os amadores e leigos: deve-se preservar uma distância de 30 centímetros entre o aplicador e o lesionado, há o risco de utilizar variações com aditivos intoxicantes como o cloroetano.
Além disso, o relaxamento da lesão não significa sua cura. Por isso, o atleta ao voltar para o campo, mesmo sem dor, pode estar na verdade agravando o quadro. Por isso, os médicos recomendam que apenas profissionais com experiência decidam sobre o uso e façam também a aplicação.