Os índios guaranis foram os primeiros brasileiros a fazer o uso de folhas e talos da planta flex paraguariensis, nome científico da erva-mate, nativa das florestas do sul do Brasil. Eles costumavam mascá-las antes de ir à caça ou à pesca ou antes de qualquer grande empreitada. As propriedades da planta se tornaram conhecidas pelos colonizadores, que logo iniciaram sua distribuição em várias partes do mundo. Depois do século XVII, a planta começou a ser comercializada em escala industrial.
Em 8 de maio de 1901, em Ponta Grossa, Paraná, Agostinho Ermelino de Leão Júnior fundou a Fábrica Santo Agostinho, que fazia a industrialização da erva-mate. Seis anos depois, Leão Júnior faleceu e sua mulher, Maria Clara de Abreu Leão, assumiu os negócios.
Um incêndio destruiu a fábrica em 1912, o que obrigou a empresa se mudar para Curitiba. Agostinho Ermelino de Leão Júnior, homônimo do pai, passou o comando da empresa em 1916. As exportações chegaram a 5 mil toneladas por ano no começo da década de 1920. Já era a maior empresa do setor. Um outro incêndio, em 1930, queimou a nova fábrica, que tinha geração própria de energia elétrica, terminal ferroviário exclusivo e uma vila de casas para operários.
Em 1938, a empresa (que se chamou brevemente de Viúva Leão Júnior passou a ser denominada apenas Leão Júnior e Cia.) colocou no mercado brasileiro o mate tostado, ainda hoje um dos carros-chefes da empresa.