O fotógrafo Thomas Adams Jr. era vizinho do ex-presidente e ditador mexicano Antonio López de Santa Anna, exilado em Nova York em 1869, junto com seu secretário, Rudolf Napegy. López aliava as tensões de seu exílio forçado mascando pedaços de tchiclé (“tchi” significa boca e “cle”, movimento), uma resina descoberta pelos maias. Napegy apresentou a novidade para seu amigo Adams, que tentou usar a resina elástica para substituir a borracha sintética na fabricação de brinquedos, máscaras, botes e até pneus, tudo sem sucesso. Algum tempo depois, dentro de uma farmácia, Adams ouviu uma moça pedir um tablete de cera parafinada para mascar. Foi aí que teve um estalo.
Depois de algumas tentativas, Adams amoleceu o tchiclé com água quente, sovou a massa e adicionou alcaçuz ao produto, batizado de Black Jack. Fez o chicle em forma de pequenas bolas e embalou-as com o rótulo “Adam’s New York Nº1 – Snapping e Stretching (Estalando e Esticando)”. A patente saiu em 1871. Nove anos depois, uma indústria de Cleveland lançou um chiclete que se transformou num dos sabores preferidos: hortelã. Na mesma década, Adams criou máquinas automáticas para vender chiclete em plataformas de estações de trem, e surgiu aí o sabor tutti-frutti. Os chicletes Adams começaram a ser fabricados no Brasil em 1942.
Ping Pong: ícone do “american way of life”
O Ping-Pong foi lançado pela Kibon em 1945. Foram os soldados norte-americanos quem apresentaram a goma de mascar aos brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial. Nos anos 1940, a goma de mascar virou ícone do american way of life e, por isso, não podia faltar na bagagem dos militares que ficaram nas bases montadas pelos Estados Unidos no Nordeste.
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