Luiz Caloi trocou a Itália pelo Brasil em 1898. Trouxe junto seu cunhado Agenor Poletti, um mecânico de muitas habilidades. Os dois abriram a Casa Poletti & Caloi, bem no centro de São Paulo, explorando o aluguel, o conserto e a reforma das bicicletas de corrida do Clube Atlético Paulistano, importadas diretamente pelos barões do café. Corridas de bicicleta eram moda naquele tempo. Quatro anos depois, Caloi fechou um acordo com a fábrica de bicicletas Bianchi, da Itália, e tornou-se seu representante exclusivo no Brasil. Foi, assim, a primeira casa brasileira especializada na importação de bicicletas, principalmente de passeio.
Em 1924, Luiz Caloi morreu. Uma nova sociedade formada por seus três filhos, Henrique, Guido e José Pedro, durou pouco. Guido ficou sozinho com a Casa Irmãos Caloi e logo mudou seu nome para Casa Luiz Caloi. Adotou o crediário em suas vendas na década de 1930, época em que vender a prazo era visto como uma aventura, e expandiu seus negócios. Durante a Segunda Guerra Mundial, a dificuldade de importar peças e acessórios obrigou Guido a produzir as primeiras peças de reposição, em 1942: bombas para encher pneus, pedais e eixos. A Caloi montou uma fábrica, no então afastado bairro do Brooklin, com oito empregados. As bicicletas só começaram a ser feitas totalmente no Brasil em 1948.