- Foi o primeiro presidente civil do Brasil. Ao chegar ao Rio de Janeiro para tomar posse, no dia 2 de novembro de 1894, não havia ninguém do governo à sua espera na estação da Central do Brasil. As flores da plataforma, já murchas, tinham sido colocadas ali alguns dias antes para recepcionar generais uruguaios. Um amigo pegou Prudente e acompanhou-o ao Hotel dos Estrangeiros, na Praça José de Alencar, onde ele se hospedou.
- Do hotel, Prudente telegrafou ao presidente Floriano Peixoto pedindo uma audiência. Floriano respondeu que estava cheio de trabalho e que a audiência seria marcada oportunamente. O dia da posse, 15 de novembro, chegou e a audiência ainda não tinha acontecido. Para a posse, Prudente colocou um fraque impecável e, mais uma vez, esperou que alguém viesse buscá-lo. Nada. Pediu então ao amigo que o acompanhava, André Cavalcanti, chefe de polícia já nomeado para seu governo, que buscasse uma condução no Largo do Machado. Cavalcanti voltou com um fiacre velho, puxado por 2 pangarés e dirigido por um cocheiro todo sujo.
- O Palácio do Itamarati, então sede do governo federal, nem foi limpo para receber o novo presidente. E os militares nem apareceram, preferindo organizar uma grande manifestação – a menos de 200 metros do local da posse – para comemorar os 5 anos de proclamação da República. Ele só não voltou do mesmo jeito que chegou graças à generosidade do embaixador da Inglaterra, que lhe deu carona em sua esplêndida carruagem.
- Prudente de MoraIs fumava cigarro de palha.
- O apelido popular de Prudente era Biriba. Ele era filho de um tropeiro, que vendia muares no interior de São Paulo, e esse tipo de comerciante era chamado de biriba. Seu pai foi assassinado por um escravo. E há também uma outra versão para o apelido: Biriba era o nome de um macaco do zoológico do Rio de Janeiro.