MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL

1. A Mocidade Independente de Padre Miguel foi fundada em 1955 a partir de um time de futebol chamado Independente Futebol Clube.

2. Em seus primeiros anos, a escola era pequena, mas já se destacava por sua bateria. Por isso, ganhou a jocosa fama de que era “uma bateria que tinha uma escola de samba”.

3. A partir da década de 1970, porém, a história da Mocidade mudou com a chegada do bicheiro Castor de Andrade, que transformou a escola em uma grande potência. Em 1973, ele contratou o experiente carnavalesco Arlindo Rodrigues e a cantora Elza Soares. O primeiro título veio em 1979.

4. Em 1974, estreou na escola o cantor Ney Vianna. Dono do famoso grito de guerra “Alô, meu povão de Padre Miguel”, ele sofreu um infarto fulminante na quadra da escola durante a escolha do samba para o enredo “Vira Virou, a Mocidade chegou”, que se consagraria na voz de Paulinho Mocidade.

5. Outro nome famoso na história da Mocidade foi Fernando Pinto, que estreou como carnavalesco em 1980 após a saída de Arlindo Rodrigues. Foi campeão em 1985 e morreu em um acidente de carro antes do desfile de 1987.

6. Com a chegada de Renato Lage e Lillian Rabello como carnavalescos a partir de 1990, a escola voltou a brilhar. Foi bicampeã em 1990 e 1991 e era favoritíssima em 1992. Para se ter uma ideia, o refrão dizia “Eu vejo a lua no céu / A Mocidade sorrir”, mas os torcedores cantavam “Eu vejo a lua no céu / A Mocidade ser tri…”. No entanto, a campeã foi a Estácio e a Estrela-Guia só voltaria a vencer em 1996.

7. A escola sofreu um golpe duríssimo com a morte de Castor de Andrade em 1997. Aos poucos, nomes vencedores como o intérprete Wander Pires e o próprio Renato Lage foram se afastando e a escola mergulhou em uma enorme crise, ficando por vezes muito perto de ser rebaixada.

8. Em dezembro de 2013, com o barracão muito atrasado para o desfile de 2014, o presidente Paulo Vianna renunciou ao cargo para a chegada de Wandyr Trindade, o Vô Macumba. Com Wandyr, chegou também Rogério Andrade, sobrinho de Castor. Com um grande aporte financeiro, ele salvou a escola de um desastre e lhe deu um razoável 9º lugar.

9. Para 2015, porém, não mediu esforços. Contratou o badalado carnavalesco Paulo Barros, que vinha de três títulos em cinco anos, a competente porta-bandeira Lucinha Nobre e trouxe Cláudia Leitte para ser a rainha de bateria. O 7º lugar frustrou a escola, tida como uma das favoritas, e praticamente toda a equipe foi desmanchada.

10. Ainda rainha, Cláudia Leitte ganhou a companhia de Anitta, que desfilou como musa em 2016. A presença das cantoras causou um frisson tão grande no ensaio técnico, que o desempenho da evolução da escola foi desastroso por conta das constantes invasões de pista por parte do público.

11. Foi na própria Mocidade, inclusive, que começou a moda das rainhas de bateria. Monique Evans e Adele Fátima foram as primeiras. Por essas e outras, o apelido da Mocidade é “a pioneira”.