O que é a lenda do Santo Graal?
O mistério dessa história serviu de inspiração para a aventura de Indiana Jones e a Última Cruzada, lembra? O Graal é o cálice usado por Jesus Cristo na Última Ceia. Segundo a lenda, o discípulo José de Arimateia teria recolhido nele o sangue que jorrou de Cristo quando recebeu o golpe de misericórdia depois da crucificação. Na literatura medieval, a procura do Graal representava a tentativa por parte do cavaleiro de alcançar a perfeição.
Curiosidades do Santo Graal
- Não há referências sobre a existência de um Santo Graal na Bíblia. Tanto que a Igreja Católica o considera apenas um mito criado pelos romances franceses, ingleses, italianos e alemães escritos no século 12.
- De fato, foi a literatura medieval, principalmente as histórias sobre o Rei Artur, que popularizaram a figura do cálice sagrado. A primeira referência ao objeto é feita pelo escritor francês Chrétien de Troyes no livro “O Conto do Graal“, de 1190.
- A obra, um poema de 9 mil versos, relata a busca encabeçada pelos cavaleiros de Artur pela taça usada por Jesus Cristo na Última Ceia. Ela depois teria caído nas mãos do judeu convertido José de Arimatéia, que a utilizou para recolher o sangue que jorrava de uma ferida feita pelo centurião romano Longino logo após a constatação da morte do Messias. Esta é, inclusive, a concepção mais aceita do que seria o Santo Graal.
- Alguns estudiosos acreditam justamente que a palavra Graal tenha vindo do latim gradalis, que quer dizer cálice. Outra teoria explica que o nome tenha aparecido no primeiro milênio em textos de prosa e poesia para designar um prato trazido à mesa em várias fases da refeição.
- Há duas lendas que explicam como o Santo Graal foi parar na Grã-Bretanha. Uma fala que o cálice foi um presente do druida Merlin a Cristo na época em que ele esteve na Cornualha (atual Grã-Bretanha). Após a morte do Messias, José de Arimatéia achou por bem devolver o objeto e o mandou para o antigo dono. Outra conta que o próprio José, na condição de guardião da taça sagrada, a levou consigo quando se mudou para a Abadia de Glastonbury (Inglaterra), onde acabou morrendo.
Teorias sobre o Santo Graal
Cálice Sagrado
É a versão mais popular. O Santo Graal consiste na taça usada por Jesus Cristo durante a Última Ceia. Ela depois foi usada pelo judeu José de Arimatéia para recolher o sangue do Messias morto que jorrava de uma ferida feita com uma lança pelo centurião romano Longino. A Igreja Católica não reconhece a existência do cálice sagrado e, nas representações que faz de Arimatéia, o coloca segurando dois galheteiros em vez de uma taça.
Caldeirão Celta
O Graal seria um caldeirão usado pelos druidas para misturar poções e ervas misteriosas capazes de reestabelecer a força. Esta lenda se enfraqueceu com a conversão dos Celtas ao catolicismo.
Seita Secreta
Para alguns, o Graal era o codinome de uma seita que tinha acesso a uma série de ensinamentos secretos de Cristo. José de Arimatéia seria um membro desta ordem.
Pedra dos céus
O escritor Wolfram Von Eschenbach descreve o Graal em uma de suas obras como uma pedra trazida por anjos à Terra e confiada a um grupo de cavaleiros que habitavam o templo (cavaleiros templários).
Pedra de Lúcifer
Nesta lenda, o Graal também seria uma pedra preciosa, só que faria parte da coroa de Lúcifer. Ela teria caído durante o duelo das forças divinas com Satanás por ocasião de sua insurreição contra Deus.
Sangue Real
Esta teoria aparece no livro O Código Da Vinci, escrito pelo norte-americano Dan Brown. Para ela, a expressão Santo Graal foi uma corruptela de sangreal, que quer dizer “sangue real”. O cálice que continha o Sangue de Cristo seria Maria Madalena. A seguidora do Messias teria engravidado Dele e dado início a uma dinastia chamada merovíngia.