Graciliano Ramos
Seu romance Angústia foi publicado durante os nove meses em que esteve preso por motivos políticos, entre 1936 e 1937. Mas Memórias do cárcere, que relata a experiência do escritor na prisão, só foi publicado no ano de sua morte (1953).
Jorge Amado
A primeira prisão dele aconteceu em 1936. Dois anos antes, ele tinha sido organizador do Congresso Juvenil Proletário-Estudantil. Ficou preso durante 2 meses, com outros intelectuais, na Polícia Central. Numa entrevista, Jorge disse que ficou ao lado de pessoas que foram torturadas. Em 1937, militares apreenderam e queimaram exemplares do romance Capitães de areia. No mesmo ano, o escritor foi preso novamente em Manaus. Passou 18 dias em liberdade vigiada dentro do navio Pedro II, que o deixou no Rio de Janeiro, onde ele seria solto. A última prisão foi no ano de 1942, em Porto Alegre. Depois de interrogado, Jorge Amado passou 3 meses na Casa de Correção. Eleito deputado pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro), ele foi cassado em 1948 e ficou exilado até junho de 1952.
Miguel de Cervantes
Em 1597, Miguel de Cervantes foi preso em Sevilha, na Espanha, por causa de dívidas. Durante os 3 meses que permaneceu na prisão, iniciou Don Quixote de la Mancha. Ele também foi prisioneiro de piratas mouros por 5 anos.
Monteiro Lobato
Ele enviou uma carta ao presidente Getúlio Vargas, criticando a política brasileira de petróleo e as torturas do Estado Novo. Foi preso em 20 de março de 1941. Cumpriu 3 meses dos 6 a que fora condenado.
Oscar Wilde
O escritor irlandês foi preso em 1883 por manter um caso homossexual. Durante o tempo que permaneceu na cadeia, escreveu De Profundis. O texto em formato epistolar é dedicado ao seu suposto amante, Lord Alfred Douglas.
Paulo Coelho
Em 1974, o escritor e Raul Seixas já eram parceiros musicais, amigos e adeptos da magia negra. Durante um show de Raul, em Brasília, Paulo Coelho subiu ao palco e discursou a favor da anarquia. Era época da ditadura militar e, ao voltarem para o Rio, Raul foi chamado para depor na Polícia Federal. Paulo Coelho resolveu ir junto e resolveu vestir uma camisa paraguaia. A Polícia considerou aquilo uma provocação e Paulo ficou preso durante 1 mês.
Rachel de Queiroz
A escritora entrou para o Partido Comunista em 1930. Em 1937, ficou 3 meses encarcerada numa sala do quartel do corpo de bombeiros de Fortaleza. Rachel rompeu com o partido quando dirigentes tentaram convencê-la a mudar o enredo de seu segundo romance, João Miguel, por achar que a trama estaria carregada de “preconceitos contra a classe operária”.
Thomas Malory
As histórias do rei Artur e dos cavaleiros da Távola Redonda foram criadas por Thomas Malory em 1469. Na ocasião, ele cumpria pena na prisão de Londres.