1. O Teatro de Revista foi trazido para o Brasil no final do século XIX pelos imigrantes portugueses. Esse gênero de comédia já era muito popular em Portugal desde o início do século. O texto era marcado pelo humor leve e popular, acompanhado de várias cenas musicais e de danças de forte apelo sexual.
2. As responsáveis pelo “alvoroço sexual” eram conhecidas como vedetes. Eram atrizes que, além de atuar, também dançavam em trajes ousados e sempre de pernas de fora. Por causa delas, um dos nomes usados para designar este tipo de espetáculo era “Teatro do Rebolado”.
3. A primeira peça do gênero encenada no Brasil foi “As Surpresas do Sr. José da Piedade”, de Justiniano de Figueiredo Novaes. A apresentação aconteceu em 1859, no Teatro Ginásio, no Rio de Janeiro.
4. No início as peças cumpriam fielmente o roteiro cômico. Em 1922 a companhia francesa Ba-Ta-Clan, de Madame Rasimi, veio ao país, e trouxe consigo um novo conceito. Mulheres lindas e insinuantes cantavam e dançavam no palco com roupas chamativas, levando os homens à loucura. Logo o estilo fez muito sucesso, e o teatro brasileiro incorporou as cenas de nudez feminina. Conforme iam se popularizando, as produções tornavam-se cada vez mais apelativas. Na década de 40, o gênero passou por uma nova reformulação, alavancada pelo autor e produtor Walter Pinto. Walter começou a criar superproduções musicais, com grandes coreografias, cenários elaborados e mais mulheres nuas. Mesmo assim, o Teatro de Revista começou a entrar em decadência na década de 50.
5. Muitos artistas descobertos no Teatro de Revista foram aproveitados na televisão, que era a novidade da época. Entre eles estão: Dercy Gonçalves, Oscarito, Henriqueta Brieba, Grande Otelo, Agildo Ribeiro, Dorinha Duval, Leila Diniz e Marília Pêra.