1) Dieta de William Banting (1863)
Considerada a primeira dieta propriamente dita, ela leva o nome de seu criador, um diretor de funerais inglês que decidiu mudar a sua alimentação por ser obeso. As recomendações alimentares foram feitas a ele por seu médico, Dr. William Harvey, e tinham como princípio a restrição do consumo de carboidratos, especialmente daqueles provenientes de amido (pão) e açúcar. Em 1863, Banting publicou um livreto intitulado “Letter on Corpulence, Addressed to the Public” (Uma Carta Sobre Corpulência, Destinada Ao Público) no qual relatava a sua experiência com a dieta, primeiro cardápio que o fez perder peso de fato. A sua influência no campo é tanta que o verbo sueco utilizado para se referir ao ato de fazer dieta, banta, é proveniente de seu sobrenome.

2) Fletcherismo (1900)
O americano Horace Fletcher acreditava que “a natureza castigará aqueles que não mastigam”, propondo que cada pedaço de comida fosse mastigado 100 vezes por minuto antes de ser engolido. Ele alegava que esse método garantia mais força e menos fome ao indivíduo. Além da mastigação excessiva, Fletcher também defendia a adoção de uma dieta baixa em proteínas.

3) Dieta do Grapefruit (1936)
Esta dieta se baseia na crença de que o grapefruit, fruta cítrica comum no hemisfério norte, contém uma enzima especializada na queima de gordura. O plano alimentar consiste em comer metade de uma grapefruit com toda refeição, e em uma alimentação diária cujo valor calórico está entre 800-1000.

4) Vigilantes do Peso (1961)
A nova-iorquina Jean Nidetch sofria com os quilos a mais cada vez que subia na balança. Ela até sabia a causa: a paixão por cookies. Jean já havia tentado todo tipo de dieta, até mesmo com remédios, mas nada funcionava. Até que, em 1961, Jean experimentou um novo regime e conseguiu eliminar 9 quilos. Antes que tudo voltasse em forma de cookies, ela resolveu montar um grupo de apoio, só com seis mulheres, onde uma pudesse vigiar e apoiar a outra. A ideia virou um negócio e foi oficialmente criado em 15 de maio de 1963 com o nome de “Weigth Watchers” – em português, “Vigilantes do Peso”. Elas se reuniam em uma sala que ficava, ironia do destino, em cima de uma pizzaria. No primeiro mês, quarenta mulheres se juntaram ao grupo.

Dois anos depois, Jean achou melhor padronizar a dieta, já que grupos das Vigilantes do Peso estavam começando a aparecer em diversos lugares dos Estados Unidos. Para isso, ela desenvolveu o sistema de pontos. Nessa dieta, cada alimento é classificado com uma pontuação que equivale a suas propriedades calóricas. Para segui-la, é preciso não ultrapassar um limite de pontos de calorias.

O Vigilantes do Peso chegou ao Brasil em 1974. Quatro anos depois, a organização foi vendida para a empresa H.J. Heinz, famosa por seu ketchup. Um quarto de xícara de ketchup dá um ponto na tabela de calorias.

5) Dieta do Dr. Atkins (1972)
Criada por Robert Atkins, a dieta foi a primeira de muitas da categoria “low-carb”, com baixo consumo de carboidratos. Apesar do médico que a criou ter se baseado em um artigo de pesquisa, a dieta não possui resultados comprovados a longo prazo e nem base científica. Foi uma dieta extremamente popular no começo do século XX: em 2004, um em cada 11 americanos pautava a sua alimentação no plano de Atkins.

6) Dieta de Beverly Hills (1981)
A dieta de autoria da americana Judy Mazel se baseia nos “efeitos enzimáticos” de determinados alimentos no processo digestivo, pregando que tipos diferentes de alimento não sejam consumidos em conjunto. Ela demanda que quem a adote passe os primeiros dez dias comendo exclusivamente frutas. Na semana seguinte, a alimentação é baseada em pães, massas e cereais. Na terceira e última semana, as refeições são apenas proteína completa, como a encontrada em carnes.

7) Dieta da Lua (1983)
Também chamada de “Dieta do Lobisomem”, ela prega a ingestão exclusiva de líquidos nos dias de mudança da fase da Lua. Acredita-se que esses dias de jejum aumentem a capacidade de um indivíduo perder peso.

8) Só é Gordo Quem Quer (1987)
Consumo de refeições que combinem alimentos específicos, divididos em quatro categorias (sal alto, sal baixo, doce alto e doce baixo). Foi criada pelo médico João Uchôa Júnior. Permitindo até mesmo o consumo de frituras, a dieta não era muito restritiva, mas interditava a combinação queridinha do brasileiro: arroz e feijão.

9) Dieta da Sopa (1990)
Substituição das refeições principais por uma sopa específica de repolho, berinjela, cenoura e nabo. Desenvolvida por alunos da USP especialmente para o Instituto do Coração (SP), a dieta da sopa foi criada inicialmente com o objetivo de auxiliar no emagrecimento de quem fez cirurgias de coração e precisa eliminar peso rápido, mas acabou se espalhando. O cardápio é de sete dias.

10) Dieta de Dean Ornish (1993)
Adotada até mesmo por Bill Clinton, a dieta criada pelo médico americano Dean Ornish se baseia na ingestão exclusiva de alimentos com baixa taxa de gordura, em um cardápio majoritariamente vegetariano. É uma das poucas dietas cujo efeito benéfico foi comprovado por estudos posteriores: diferente de outros casos, seus seguidores foram capazes de manter a forma física conquistada.

11) Dieta da USP (1996)
Dieta baixa em calorias que restringe o consumo de carboidratos em um plano de refeições detalhado que favorece refeições baseadas em proteínas. Dura uma semana e promete eliminar 1kg por dia.

12) Dieta do Tipo Sanguíneo (1996)
Definição de cardápio a partir do tipo de sangue. Ela se tornou famosa em 1996, com o lançamento do livro A Dieta do Tipo Sanguíneo, escrito pelo americano Peter D’Adamo. Segundo essa dieta, alguns alimentos favoreceriam determinados organismos, de acordo com o sangue. Pessoas tipo O devem evitar salmão defumado, kiwi e leite, por exemplo, enquanto tipos A devem evitar todo tipo de carne e laticínios.

13) Dieta dos Pontos (1999)
Controle de calorias, convertidas em pontos. A dieta pode ser ajustada de acordo com quanto peso se pretende perder — cada ponto vale 3,6 calorias, e cada alimento possui a sua pontuação.

14) Dieta do Mediterrâneo (2002)
Consumo de frutas, hortaliças (verduras e legumes), cereais, leguminosas (grão-de-bico, lentilha), oleaginosas (amêndoas, azeitonas, nozes), peixes, leite e derivados (iogurte, queijos), vinho e azeite de oliva. Não conta com um plano específico.

15) Dieta de South Beach (2003)
Consumo exclusivo de alimentos que não contenham carboidratos por 15 dias. Ao longo A dieta surgiu no sul da Flórida e foi desenvolvida pelo cardiologista Arthur Agatston visando reduzir os níveis de colesterol total, LDL e triglicerídeos sanguíneos de seus pacientes.