Esta é uma daquelas incríveis histórias do futebol. Esta é a história da flâmula do Club Atletico Independiente, da Argentina, que foi levada para a Lua. Esta história começa logo depois do anúncio dos três tripulantes da Apollo 11, que pousaria pela primeira vez na Lua, em 20 de julho de 1969. Sabendo que aqueles seriam os nomes mais comentados e badalados no ano, o gerente de relações públicas do clube, Hector Rodriguez, propôs que os três astronautas norte-americanos se tornassem sócios do clube. A oferta foi aceita.
Armstrong recebeu a carteira de sócio número 80.400. Buzz Aldrin ficou com a 80.399 e Michael Collins, com a 80.401. A partir daí, os três começaram a receber brindes e mais brindes do Independiente, inclusive a flâmula que se tornaria famosa. Em maio de 1969, dois meses antes de dar o primeiro passo na Lua, Armstrong escreveu uma carta para agradecer ao clube por todos os presentes.
Durante a troca de correspondência, os dirigentes do clube argentino sugeriram que ele deixasse a flâmula do time na superfície da Lua. Na Argentina, porém, ninguém levou a história muito a sério. Armstrong só estaria querendo parecer simpático. Até que o próprio astronauta apareceu no país em novembro, durante o tour mundial comemorativo, realizado pelo trio que esteve a bordo no Apollo 11 (no Brasil, Armstrong deu até entrevista no famoso sofá de Hebe Camargo e respondeu a pergunta: “Tem luar na Lua?). Durante a recepção da tripulação na Embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires, a história ganhou um novo episódio: Armstrong garantiu a Rodriguez de que ele tinha deixado o galhardete na Lua e disse, ainda, que o símbolo do Independiente havia lhe trazido boa sorte. Por causa disso, no dia 25 de agosto de 2012, data da morte do astronauta, o clube fez um minuto de silêncio antes da partida contra o Arsenal local, pelo Campeonato Argentino. Era uma singela homenagem ao mais ilustre torcedor do time. O Independiente perdeu de 2 x 0.