Começa no dia 28 de janeiro a história da Bubble Kill em São Paulo. Inspirada nas lojas asiáticas de bebidas e doces que começam a se espalhar pelo mundo, a empresa está a poucos dias da inauguração oficial da matriz na Rua dos Estudantes, no oriental bairro da Liberdade – outras duas filiais abrirão em breve em dois shoppings da cidade, o Pátio Paulista e o Santa Cruz. O carro chefe da casa será o bubble tea, uma bebida famoso em Taiwan e que promete literalmente uma explosão de sabor: ele tem pequenas bolhas (as “bubbies”) de néctar de fruta revestidas por uma cobertura de algas marinhas. Quando a bebida chega à boca, essas bolhas explodem (ou deveriam explodir…)
Quem está familiarizado com as bebidas orientais certamente se lembrou do suco de pobá, uma tradição nos bares asiáticos. De fato, a receita tem a sua semelhança e pode ser chamada de “mãe” do bubble tea: “O suco de pobá é feito com tapioca. É uma receita um pouco diferente do bubble tea onde as “bubbies” são revestidas de algas marinhas”, esclarece Inoque Lee, diretor do grupo Bubble Kill. O suco de pobá será chamado de “bubble negra” na casa. Segundo Lee, a base das receitas é a mesma consumida pelos asiáticos, mas as bebidas brasileiras serão mais adocicadas para se adequar ao padrão do público local. Nada, no entanto, de adicionar açúcar: “Nosso conceito é o de oferecer produtos de baixo valor calórico. O bubble tea, por exemplo, tem apenas 100 calorias”, explica.
Na Rua da Glória, também na Liberdade, já funciona o Tea Station, com a mesma proposta do novo concorrente. O lugar é apertado, mas muito colorido. Uma das paredes é forrada de post-its com mensagens de clientes. O chá misturado com yakult e pobá faz o maior sucesso. Ao que parece as casas de bubble tea poderão repetir a mesma febre que o bairro da Liberdade experimentou quando desembarcou por aqui o sorvete coreano Melona.
Embora a Bubble Kill esteja prometendo duas lojas em shoppings, a primazia de abrir o negócio num centro de compras de São Paulo coube à TeaHub, que se instalou na praça de alimentação do Shopping Pátio Higienópolis, ao lado do teatro. O quiosque foi inaugurado em 21 de dezembro passado e segue um conceito que o empresário Gabriel Mascarenhas trouxe de Taiwan.
A Itiriki Bakery, por exemplo, funciona há 14 anos na Rua dos Estudantes e desde o primeiro dia oferece o suco de pobá. Funcionária da casa desde o princípio, Selma de Souza conta que a alta do dólar elevou o preço da bebida, feita basicamente de ingredientes importados: “Sempre vendeu bem, mas de uns tempos para cá vem vendendo menos, até porque a concorrência na região aumentou muito”. Para Karyna Muniz, consultora do Sebrae, o aumento da concorrência em um determinado serviço não justifica por si só a queda no faturamento: “Temos vários exemplos de casos onde o novo empreendimento faturou muito e mesmo assim não houve alteração no faturamento do estabelecimento mais antigo”, explica.
A doceria The Sweet Bubbles, na esquina das ruas Tabapuã e Bandeira Paulista, chegou a vender as “bolinhas explosivas” dentro de taças de espumante. Com a alta do preço, desistiram da brincadeira – e o lugar fechou algum tempo depois. Mas a Bubble Kill promete espalhar a novidade logo pela cidade. Segundo Inoque Lee, terminado o período de implementação das três primeiras lojas, o grupo começará a planejar sua expansão para a Zona Leste da cidade.
Onde encontrar só as bolinhas para comprar?
Onde encontrar só as bolinhas para comprar?