Por que os anos com 366 dias são chamados de “bissextos”? Ao contrário do que muitos pensam, não é porque há dois números “6” na quantidade de dias do ano. A expressão veio lá da Roma Antiga, quando os dias tinham nomes baseados no ciclo lunar. Assim, dia 24 de fevereiro se chamava “antediem sextum calendas martii”, ou seja, “sexto dia antes da lua nova de março”. Antes de ser instituído o 29 de fevereiro, o dia 24 de fevereiro era duplicado de 4 em 4 anos. Portanto, nesses anos ele era chamado de “antediem bis-sextum calendas martii”, algo como “duas vezes o sexto dia antes da lua nova de março”.

Poucas décadas antes de Cristo, acreditava-se que a Terra levava 365 e 6 horas para dar uma volta completa em torno do Sol. Para compensar estas 6 horas adicionais no calendário, em 45 a.C. o imperador Julio Cesar instituiu que a cada quatro anos aconteceria o dia 29 de fevereiro e os anos ficariam com 366 dias. Porém, já no século XII os astrônomos sabiam que o ano tinha na realidade um pouco mais de 365 e 6 horas. Por conta disso, com o passar do tempo as datas foram avançando e o início das estações vinha modificando-se significativamente. Então, em 1582 d.C. o Papa Gregório XIII fez com que pulassem dez dias no calendário e, a partir daí, entre os anos de final de século (como 1600, 1700, 1800, 1900 e 2000) apenas os divisíveis por 400 seriam bissextos (como 1600, 2000, 2400 etc.).